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28/10/2011 - 08:40

Produção e vendas crescem nos últimos três meses, mas importações são destaque no consumo aparente nacional, aponta Abiquim

De acordo com nota da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), os principais índices de volume do segmento de produtos químicos de uso industrial apresentaram resultados positivos pelo terceiro mês consecutivo, em razão do atendimento da demanda de final de ano, período em que geralmente há uma melhora nos volumes de produção e vendas do setor. Em setembro de 2011, a produção cresceu 3,64% e as vendas internas subiram 0,16%. No que diz respeito ao índice de preços, após dois recuos seguidos (julho e agosto), houve alta de 2,54% em setembro. A utilização da capacidade instalada atingiu seu melhor nível operacional do ano, com resultado de 86% em setembro.

“Contudo, na média de janeiro a setembro de 2011, sobre igual período do ano passado, o índice de produção apresentou declínio de 3,76% e o de vendas internas teve queda de 3,31%. O índice de utilização da capacidade instalada foi de apenas 80% na média dos primeiros nove meses deste ano, três pontos abaixo de igual período do ano passado. Para um segmento que opera na maioria dos casos em processo contínuo, esse nível de produção é preocupante. Quanto ao índice de preços, houve elevação de 15,0% nos primeiros nove meses do ano, comparado com igual período do ano passado. Na análise dos últimos 12 meses, encerrados em setembro, sobre igual período imediatamente anterior, o índice de produção foi negativo em 2,45% e o de vendas internas teve recuo de 1,53%”, informa a nota.

“Apesar de a indústria química local estar apresentando resultados negativos em termos de volumes, tanto de produção quanto de vendas internas, o País continua demandando cada vez mais produtos químicos. O consumo aparente nacional (CAN) dos produtos amostrados no RAC, todos com produção local, cresceu 11,0% de janeiro a setembro de 2011, sobre igual período de 2010. Porém, como a produção caiu nesse período, todo o incremento na demanda interna foi atendido por acréscimos na parcela de importação, cujo volume subiu expressivos 34,4% na mesma comparação. De um modo geral, todos os setores vêm perdendo competitividade em relação aos seus congêneres no mercado internacional”, continua.

“Com a química não é diferente. As importações estão sendo favorecidas pela apreciação do real frente ao dólar, pela crise internacional, cujo cenário geral é de excedentes, e também pelo custo-Brasil. Há uma forte preocupação com o crescimento das importações de produtos químicos e, principalmente, com o crescente déficit. Nos últimos 12 meses, encerrados em setembro, o déficit superou os US$ 25 bilhões, maior valor registrado em toda a série histórica”, ressalta.

“Para reverter esse quadro, ainda que existam medidas pontuais de estímulo à indústria local, o setor carece de ações urgentes e outras de longo prazo, que possam estimular o preenchimento das atuais capacidades ociosas, bem como atrair investimentos novos, aproveitando as oportunidades que o crescimento da demanda vem gerando. Uma medida concreta, já mencionada em outras edições, diz respeito à adoção de uma política para o uso do gás natural como matéria-prima, conforme previsto na lei do gás, divulgada em março de 2009. Há fábricas que utilizam o gás como matéria-prima operando a baixa carga, enquanto as importações de alguns desses produtos é crescente. Vale lembrar, a capacidade e o poder de agregar valor da química, transformando matérias-primas (ou commodities) em produtos de elevado conteúdo.

Nesse processo, há um forte efeito multiplicador sobre a economia. Não é coincidência que não exista nenhuma economia desenvolvida sem uma química de base também forte”, conclui a nota. [www.abiquim.org.br].

.[* Preliminar. 1 Fonte: Subamostra de empresas. Massa salarial por empregado = rubrica salários pagos (salário base + horas extras + adicional de periculosidade + adicional de turno), por empregado, deflacionada pelo IPCA-IBGE. Massa salarial ampliada por empregado = massa salarial + 13º salário + abono de férias + participação nos lucros + gratificação de função + adicional por tempo de serviço + aviso prévio + parcelas rescisórias + prêmio de assiduidade, deflacionada pelo IPCA-IBGE].

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