Banda de Santos é finalista do Guaraná Antártica Street Festival

General Tequila está entre as 20 finalistas no concurso que teve mais de 2 mil inscrições. Vencedora será conhecida no festival.

Nascida nos redutos de Santos, litoral de São Paulo, a banda General Tequila logo despontou como uma das novas promessas do rock nacional. No próximo sábado, 1º de setembro, o grupo se apresenta no maior evento street do Brasil, o Guaraná Antártica Street Festival, que acontece em São Paulo, na Chácara do Joquey, a partir das 14h.

Mais de dois mil grupos se inscreveram no concurso “Dá um GAS na sua banda”, que escolheu as 20 melhores do país. A primeira fase começou no final de junho. São Paulo foi responsável por mais da metade dos cadastros, mas estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná tiveram grande participação. O concurso ainda contou com a inscrição de bandas do Distrito Federal, Bahia, Ceará, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Rondônia e Tocantins.

No último sábado, as 20 finalistas, que participarão do festival do próximo sábado, tiveram seus nomes revelados. As duas melhores colocadas ainda vão abrir os shows de Marcelo D2, Detonautas e Hateen e serão conhecidas somente durante o evento. “Agora a comissão julgadora levará em conta também nossa performance no palco”, explica Cássio Amorim, vocalista da General Tequila. “Estamos muito ansiosos, mas sabemos que estar entre as 20 já é uma grande façanha”, completa.

Além de abrir os shows de bandas conhecidas, a vencedora terá uma oportunidade única para alavancar sua carreira: um contrato com a Som Livre para o lançamento de um CD, com tiragem inicial de dez mil cópias.

Do litoral para os palcos de São Paulo - Formada por cinco garotos que quase nada têm em comum, a banda General Tequila se define, nas palavras do vocalista Cassio Amorim, como a união entre "um 'metaleiro', um 'oitentista convicto', um 'groover', um 'virtuose' e um 'viúvo do grunge', que se reuniriam para fazer um som e tocar o 'maldito' rock pop, sem um pingo de constrangimento.

Somos uma banda 'prét-a-porter': feita para o palco, dependente do palco, que se alimenta do palco. Um verdadeiro relógio suíço trabalhando, numa sincronia invejável, tanto intuitiva quanto treinada, pronta pra tocar sob toda e qualquer circunstância", explica.

O grupo existe há seis anos e inicia, a partir do próximo mês, sua turnê pela capital São Paulo com uma série de entrevistas e shows.

O primeiro single foi produzido por Carlos Roberto Piazolli, o Piska, famoso por lançar no mercado grandes nomes como Zezé di Camargo e Luciano. "Me faz Viver" é composto por 4 músicas candidatas a sucesso nas rádios. Com qualidade musical e uma temática rica, que não faz apelações a drogas e violência, General Tequila fala das complicações que permeiam o estar no mundo e que são perfeitamente aplicáveis à realidade de um adolescente de 15 anos ou de um homem maduro, de 45. As letras falam de amor, solidão, saudade, decepção e também abordam questões sociais, como é o caso de "Revolução Moral", canção que não está no primeiro single, mas que estará no cd com 12 faixas, previsto para o final do ano.

A idéia agora é divulgar o som pelo Brasil. "Temos conseguido espaço em outros estados, como é o caso de Santa Catarina. Nossas músicas têm tocado muito por lá e isso nos deixa muito feliz", comenta Junior, baixista da banda.

E para levar suas composições a um público maior e obter sucesso, é preciso juntar boas músicas e boas letras, com uma linguagem acessível, conteúdo e qualidade. E isso General Tequila tem de sobra. "A banda é boa e é vendável. Isso é algo difícil de encontrar hoje em dia. Geralmente o que é realmente bom é difícil de vender. General Tequila consegue ser comercial sem perder a essência e a qualidade", afirma Juliana Abud, apresentadora do programa Microfonia, do Canal São Paulo, da TVA.