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Patrimônio histórico e poesia levam turistas a Goiás

Cidade de Goiás - O rico conjunto arquitetônico da Cidade de Goiás, constituído por casarões, prédios, igrejas, monumentos, praças e ruas calçadas de pedras conjuga-se com extrema beleza e harmonia com a Serra Dourada em seu redor. O cenário é um dos mais belos e únicos sítios históricos em excepcional estado de conservação no País. Foi fonte de inspiração para os poemas e obra de Cora Coralina, maior poetisa da cidade e do Centro-Oeste, e uma das mais celebradas no País.

O reconhecimento e a revalorização da ex-capital de Goiás ocorreram a partir dos poemas da escritora. O cotidiano da cidade, seus moradores, a arte e a cultura locais, que sobreviveram intactos durante décadas, são os temas principais da obra literária da poetisa goiana. Na cidade todos concordam que, graças à sua poesia, as portas de Goiás abriram-se para o mundo, trazendo gente de longe para admirá-la.

Arroz com pequi, suco de caju, bolo de arroz, doces, Maria Grampinho, sinos da igreja matriz, o calor, o Rio Vermelho, o luar, os menestréis, as serestas, o alfenim, a morena namoradeira, entre tantos outros temas e personagens estão presentes na obra da saudosa Coralina.

Temas que são cultuados por seus habitantes até hoje e continuarão a ser compartilhados com os turistas, se depender dos novos roteiros que surgiram com o projeto 'Cidade de Goiás: um baú na ponta do arco-íris', coordenado pelo Sebrae e Instituto de Hospitalidade (IH), com ampla participação dos moradores da cidade. A poetisa foi e ainda é a essência do turismo na Cidade de Goiás, mesmo depois de seu falecimento, em 1995, tanto que o projeto para fortalecer o setor, do Sebrae e IH, foi inspirado nela e em sua obra.

Inspiradora visionária - Cora tirou sua terra natal do ostracismo que se abateu sobre a cidade quando deixou de ser a capital do Estado, perdendo o papel e título para Goiânia em 1937. Nascida em 1889, ela viveu na Casa Velha da Ponte até 1911. Depois, morou com a família em Andradina, Jaboticabal, Penápolis e na capital paulista. Casou-se com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas, com quem teve seis filhos, 15 netos e 30 bisnetos. Viveu 45 anos fora da Cidade de Goiás, para onde retornou em 1956.

Coralina tornou-se doceira e vendia seus produtos em casa. Ela uniu culinária e literatura e criou sutilmente as bases do turismo no município. Compradores encantavam-se com a doceira, que os recebia com hospitalidade e poesia. "Ela sobrevivia de vender doces e livros. Declamava poemas e conquistava os leitores", conta Marlene Velasco, uma das fundadoras e atual presidente da Associação Casa de Cora, criada há 21 anos e que conta com 30 associados.

A agremiação literária é renovada só quando surge uma vaga, ocasionada por falecimento de algum integrante, como ocorre na Academia Brasileira de Letras. Há eleição para indicar o novo associado, que deve ser poeta ou escritor. As reuniões do grupo são semestrais, informa Marlene.

Primeira parada turística - Para iniciar a 'viagem' pela Cidade de Goiás e conhecer os baús de surpresas reservados aos turistas, deve-se começar pela visita à Casa de Cora, aquela branca e verde à beira da ponte.

A poetisa está no corredor central num painel transparente onde figura sua imagem impressa em tamanho natural, atrás de um baú com seus livros. É como se o visitante fosse recebido com boas-vindas pela própria Cora. Uma cesta cheia de peças de roupa de Maria Grampinho, personagem de rua imortalizada pela poetisa, fica ao lado do baú.

Depois de percorrer o mundo da poetisa, conhecendo salas, quartos, cozinha, biblioteca, tachos de cobre, fogão de lenha, geladeira, estante onde guardava livros, móveis, fotografias na parede, tudo reconstituído detalhadamente tal qual na época em que era viva, o visitante estará apto a prosseguir o mergulho na Cidade de Goiás. | Por: Vanessa Brito, enviada especial da ASN e Sílvio Simões / Sebrae Goiás - (62) 3250- 2268

. Curso para autoridades nacionais de Turismo do Mercosul e países associados apresenta modelo brasileiro de gestão descentralizada

Os principais conceitos, formas de execução e as metas do Plano Nacional de Turismo desenvolvido pelo governo brasileiro nos últimos quatro anos foram o tema da segunda aula ministrada aos alunos do Curso para autoridades nacionais do Mercosul e países associados, dia 27 de novembro, como parte da programação de Turismo Sustentável e Infância do 3º Fórum Nacional de Turismo para Paz e Desenvolvimento Sustentável. A diretora do Departamento de Planejamento e Avaliação do Ministério do Turismo, Anya Ribeiro de Carvalho, deu início à sua exposição explicando como a Política Nacional brasileira para o setor se estruturou sobre um modelo de gestão descentralizada, executada por meio de macroprogramas, programas e ações realizadas em parceria com outros órgãos públicos e empresas privadas, nas 134 regiões turísticas das 27 unidades da federação.

“Nosso modelo de gestão descentralizada é inovador, orientado por um pensamento estratégico, que é desenvolver o turismo como atividade econômica sustentável, com papel relevante na geração de divisas, sempre com o objetivo final de gerar empregos, aumentar as divisas do país e promover a inclusão social”, explicou Anya. Para isso, continuou a diretora, é preciso conseguir a inclusão de comunidades e territórios nos processos de produção e consumo turístico, construir e desenvolver uma oferta que tenha atratividade internacional, além de gerar negócios, serviços e equipamentos turísticos que atendam às demandas dos viajantes regionais, nacionais e internacionais.

Por essa razão a Política Nacional de Turismo também é centrada na promoção das diversidades regionais do país, o que gerou os programas de regionalização do Turismo, levando os viajantes do litoral para o interior, para conhecer outros aspectos históricos e culturais do nosso país. “Assim, estamos criando produtos com a marca da ‘brasilidade’, proporcionando a expansão do mercado interno e a inserção efetiva do país no mercado turístico internacional, ao mesmo tempo em que contribuímos para a geração de empregos, a redução das desigualdades sociais e regionais e o equilíbrio para o balanço de pagamentos”, concluiu.

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