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01/11/2011 - 09:59

Queda do investimento público reduz atividade da construção, diz CNI

São Paulo – O setor da construção civil está sentindo os efeitos da queda no ritmo de liberação de recursos públicos para obras de infraestrutura imposta pelo ajuste fiscal do governo. É o que mostra a Sondagem Indústria da Construção de setembro, divulgada nesta segunda-feira, 31 de outubro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo.

Segundo a pesquisa, o indicador de nível de atividade do setor caiu em setembro na comparação com agosto, e ficou em 48 pontos. Pela metodologia da Sondagem, os indicadores variam de zero a cem pontos e valores acima de 50 pontos indicam aumento da atividade. Em agosto, o mesmo indicador havia sido de 50,1 pontos.

A atividade da construção civil também foi mais baixa em setembro se comparada com o nível de atividade usual para aquele mês. O indicador ficou em 45,7 pontos, menor que os 48,4 pontos registrados em agosto.

A queda da atividade foi generalizada. Atingiu pequenas, médias e grandes empresas dos três segmentos que compõem a pesquisa: construção de edifícios, obras de infraestrutura e serviços especializados. Em setembro, a atividade entre as pequenas empresas foi de 48,7 pontos, ante 48,3 pontos das médias e 47 pontos das grandes.

O segmento de atividade menos afetado foi a construção de edifícios, que ficou próximo da estabilidade, com 49,8 pontos. O setor de serviços especializados alcançou em 47,8 pontos. Com 46,5 pontos, as obras de infraestrutura puxaram os números para baixo.

De acordo com o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, as obras de infraestrutura tiveram significativa queda no nível de atividade porque os desembolsos públicos caíram, tanto pela troca de governo quanto pelo ajuste fiscal promovido pela União.

“Esse setor é muito dependente das obras públicas. O ano passado foi de campanha, por isso teve uma aceleração das obras. Este ano teve a troca dos governos, então aqueles que entram param tudo para reavaliar as obras”, salientou Fonseca.

Ele lembrou ainda que, do orçamento de R$ 65,2 bilhões da União para investimentos previstos para este ano, só 10,5% foram efetivamente pagos. “A velocidade de liberação do dinheiro é muito aquém do que o setor precisa, então a atividade cai e a expectativa também”, assinalou Luís Fernando Mendes, assessor econômico da presidência da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), parceira da CNI na pesquisa.

Expectativas - Apesar da queda na atividade, o empresário da construção civil continua otimista para os próximos seis meses. A expectativa do nível de atividade em outubro (a parte das expectativas na pesquisa leva a data da coleta dos dados) ficou em 57 pontos, ou seja, o empresariado espera um crescimento nos próximos seis meses.

Em relação à criação de empreendimentos ou serviços, a expectativa ficou em 57,2 pontos. Também há expectativa de evolução positiva para a compra de insumos e matérias-primas, com 55,1 pontos, e do número de empregados, com 55,6 pontos.

A Sondagem da Indústria da Construção foi feita no período de 3 a 18 deste mês, com 353 empresas, das quais 173 pequenas, 138 médias e 42 grandes.

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