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01/11/2011 - 10:28

Desembolsos do BNDES até setembro atingem R$ 91,8 bilhões


Em entrevista coletiva no dia 31 de outubro (segunda-feira), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho apresentou os resultados financeiros e os desembolsos do Banco no terceiro trimestre de 2011.

De acordo com ele, os desembolsos do BNDES atingiram R$ 91,8 bilhões de janeiro a setembro deste ano. A cifra é resultado de uma moderação já esperada no desempenho do Banco, que calibrou algumas linhas e reduziu na média seu nível de participação máxima nos financiamentos. Essa moderação também acompanha o comportamento observado nos indicadores gerais da economia brasileira.

Em relação ao desembolso do mesmo período do ano passado, de R$ 128 bilhões, houve queda de 28%. No acumulado dos nove primeiros meses de 2010, o desempenho do BNDES foi fortemente influenciado pela operação de capitalização da Petrobras, no valor de R$ 24,7 bilhões, realizada em setembro de 2010, e por grandes projetos do setor hidrelétrico, no ano passado. Excluindo-se a operação de Petrobras, a queda dos desembolsos nos nove primeiros meses do ano foi de 11,1%.

“O período entre janeiro e setembro de 2010 também foi marcado por uma forte atuação do BNDES na concessão de financiamentos ao setor de máquinas e equipamentos, com redução de juros e aceleração na concessão de crédito. Estes fatores contribuíram para elevar a base de comparação em relação a 2011”, informa o presidente.

“Em 2011, foram introduzidas mudanças no Programa de Sustentação do Investimento (BNDES PSI), que ocasionaram uma redução de desembolsos, consultas e aprovações do Banco neste ano. O Programa foi prorrogado em abril último, com taxas de juros mais elevadas. Com isso, os desembolsos do PSI foram de R$ 33,7 bilhões entre janeiro e setembro de 2011, contra R$ 50,9 bilhões no mesmo período do ano passado (queda de 34%)”, continua..

“O PSI foi criado em julho de 2009 para fazer frente à crise financeira internacional e teve sucesso em manter os investimentos em curso durante um período de escassez de crédito. Com as alterações nas condições do programa, seus efeitos sobre a demanda por financiamentos já eram esperados pelo Banco. Além do aumento das taxas do PSI, o BNDES reduziu seu nível de participação nos financiamentos sobre o total dos investimentos, o que da mesma forma contribui para a moderação dos indicadores”, frisa Coutinho.

O Banco também está atuando em conjunto com o setor financeiro privado para que este amplie sua participação no financiamento de longo prazo. Estas ações devem contribuir em uma estabilização do papel do BNDES sobre a oferta de crédito, e já há sinais de crescimento do peso do mercado de capitais no financiamento ao investimento. O valor das emissões de debêntures e ofertas primárias de ações já atingiu R$ 73,4 bilhões neste ano, um crescimento de 70,1% em relação à cifra do ano passado, de acordo com dados da Anbima.

Setores - A infraestrutura liderou os desembolsos do Banco nos primeiros nove meses deste ano. Para este setor, foram destinados R$ 38 bilhões no período, 41% do total liberado pelo Banco. Transporte rodoviário (R$ 19,7 bilhões) energia elétrica (R$ 9,7 bilhões) e transporte ferroviário (R$ 1,1 bilhão) foram os destaques no segmento de infraestrutura, onde estão listados projetos estruturantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O setor da indústria ficou com R$ 28,4 bilhões (participação de 31%), seguida por comércio e serviços (R$ 17,9 bilhões) e pela agropecuária (R$ 7,2 bilhões).

“Às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), o BNDES liberou volume recorde de R$ 36,2 bilhões até setembro passado, com alta de 8% na comparação com janeiro/setembro de 2010. Assim, as MPMEs responderam por 39,5% do total de financiamento concedido pelo Banco nos primeiros nove meses do ano. Com isso, o BNDES segue em sua estratégia de ampliar o acesso ao crédito às empresas de menor porte. O Banco realizou cerca de 600 mil operações com MPMEs no período, ou 94% do total realizado. O Cartão BNDES, com desembolsos de R$ 5,2 bilhões em janeiro/setembro passado, explica o excelente resultado com as MPMEs”, conclui o executivo.

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