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04/11/2011 - 10:56

Doação de óvulos

Técnica permite gravidez de mulheres com problemas crônicos no ovário.

Casada há 11 anos, Fernanda Neves (nome fictício) já não tinha mais esperança em ser mãe. Aos 32 anos de idade, já havia engravidado oito vezes e abortado espontaneamente em todas as tentativas, por conta de uma deficiência em seu ovário. Anos depois, porém, um novo universo se abriu ao saber de uma das mais revolucionárias técnicas de reprodução assistida: a doação de óvulos. “Até então, não sabia que essa possibilidade existia. O método passou a ser a minha última esperança em ser mãe”, conta ela, que conseguiu o êxito da gravidez há quatro meses.

O método da doação de óvulos é utilizado no Brasil há 10 anos. Legalmente garantido por uma resolução do Conselho Federal de Medicina de 1992, ele é usado por mulheres que já atingiram a menopausa ou por aquelas portadoras de problemas ovarianos crônicos. As taxas de gravidez variam de acordo com a idade dos envolvidos no processo. Especialista em medicina reprodutiva e membro da Rede Latino Americana de Reprodução Assistida, o médico João Ricardo Auler lembra que a doação tem de ser feita no anonimato. “Esta é uma forma de evitar que a doadora dos óvulos venha requerer algum direito sobre a criança. Havendo o anonimato na doação, é garantida a integridade dos direitos maternos da receptora”.

O processo -Do início do processo de doação à positividade do teste de gravidez são aproximadamente dois meses. Primeiramente, faz-se um mês de avaliações clínicas na futura mãe, procurando uma doadora com mesma compatibilidade. Depois de escolhida a doadora – que deve ser saudável, com menos de 35 anos e nenhum histórico de doenças genéticas -, esta começará a receber injeções que estimulem a ovulação, o que deve levar duas semanas. Paralelamente, a receptora tomará medicações para preparar o útero para receber o embrião. “Quando ambas estão aptas, coleta-se os óvulos da doadora, fertilizando-os in vitro com os espermatozóides do marido da receptora. Feita a fertilização, os embriões são colocados no útero da receptora por um cateter vaginal”, explica João Ricardo Auler, que é diretor médico da Clínica Pró Nascer.

O especialista ressalta que, após a positividade do teste de gravidez, a gestação acontece de forma absolutamente normal, apesar de os cromossomos do bebê serem metade do marido da receptora e metade da doadora. “Por conta disso, o processo de escolha da doadora é bem minucioso, baseando-se na semelhança física, imunológica e na máxima compatibilidade entre doador e receptor”, diz João Ricardo.

Perfil da doadora- São várias as razões que levam as mulheres a serem doadoras. As mais comuns são mulheres que participaram de fertilização in vitro ou inseminação artificial e, por terem alta produção ovariana, doam de fórmula voluntária e anônima parte dos óvulos obtidos. “Há também a doação compartilhada. Nesse caso, a receptora paga parte dos custos da paciente, que tem indicação para bebê de proveta (doadora), mas não pode fazê-lo por motivos financeiros. Em troca, a receptora recebe metade dos óvulos produzidos pela doadora. Dessa forma, estaremos ajudando duas mulheres e dando a ambas o direito de ser mãe”, destaca João Ricardo Auler.

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