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04/11/2011 - 10:56

Médicos do INC treinam profissionais de saúde no continente africano

Equipe realizou cirurgias complexas em crianças com menos de quatro quilos .

Uma equipe de seis médicos do Instituto Nacional de Cardiologia, referência do Ministério da Saúde para tratamento de doenças cardíacas, participou, recentemente, de missão de cooperação na Argélia. Durante uma semana, os especialistas brasileiros treinaram equipes de cirurgia da Argélia para a realização de procedimentos cardiovasculares em crianças. O médico Denoel de Oliveira explica que as cirurgias mais delicadas eram em pacientes com peso muito baixo, alguns, pesando abaixo de quatro quilos. Ele conta que um caso específico deixou a equipe muito emocionada.

“A criança, muito pequenina, de sete meses de vida, apresentava um quadro grave de cianose, ou seja, baixa taxa de oxigênio na corrente sanguínea. Optamos, inicialmente, em fazer um procedimento considerado paliativo, que envolveria menor risco inicial para a neném. Porém, a mãe, que é médica, praticamente exigiu que fosse realizada a cirurgia mais complexa e curativa, mesmo com a vida da filha em risco. Ela sabia que era uma chance rara ter uma equipe de cirurgiões experientes e disse que preferia arriscar a ver a filha crescer tendo que ser internada constantemente. Ficamos comovidos com o desespero dessa mãe e dentro das condições, fizemos o melhor. Temos tido notícias de que a menininha está em casa e se recuperando muito bem.” Na Argélia, foram realizadas oito cirurgias e mais de vinte pacientes foram avaliados.

Em seguida, parte da equipe seguiu para Mauritânia, país que forma a parte atlântica do deserto do Saara e que não tem equipe cirúrgica com especialidade em cardiologia. O diretor geral do INC, Lêoncio Feitosa, acredita que, primeiramente, será necessário realizar um estruturado trabalho de base.

“O primeiro passo será a organização das enfermarias dos hospitais, para que possam atender os pacientes que serão submetidos a procedimentos de forma adequada. Esperamos voltar em breve para dar continuidade à missão de ajudar os pacientes, principalmente crianças, para que possam ser tratados sem terem o custo de viajar para a Europa. O país é muito pobre e as pessoas não têm como arcar com um tratamento no exterior. Essas missões mostram que o Brasil exporta ciência e não apenas futebol.”

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