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30/08/2007 - 10:17

City de Londres quer o Brasil, diz o Lord Mayor


E propõe que feche mais negócios com o Reino Unido, que considera ter o centro de negócios mais dinâmico da Europa, a cidade de Londres concorre hoje com Nova York para a posição mundial do setor financeiro, portanto, com inúmeros atrativos para as empresas que buscam o caminho da internacionalização, e para àquelas que querem dinamizar os seus projetos rumo ao sucesso global.

Na ótica dos especialistas, a melhor maneira de garantir competividade no mercado global é participar efetivametne dele. E dentre as economias emergentes pesquisadas pela Boston Consulting Group,das 100 maiores empresas, 12 são brasileiras, mas, países como China e Índia possuem na lista 44 e 21 empresas respectivamente inseridas no processo internacional.

E neste tom, o prefeito do distrito financeiro de Londres, John Boothman Stuttard iniciou sua conversa com os empresários da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), tecendo elogios ao Brasil e suas imensas possibilidades de negócios, e carimbou o Rio de Janeiro como a “ Real Capital do Brasil”.

Em rápidas palavras o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, ao lado do presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Olavo Monteiro de Carvalho, disse que o Rio de Janeiro é o centro de seguros e resseguros, tem o segundo PIB nacional, PIB equivalente ao do Chile, possui um excelente hub de telecomunicações, com as sete maiores operadoras de telefonia fixa e de telefonia celular, e já trabalha a emissão de crédito de carbono, - negócios que podem ter a ajuda de Londres para o grande salto no crescimento -enfatiza Gouvêa Vieira.

E segue o ' prefeito ' John Stuttard contando que: “ na década passada, a City de Londres, e com isso me refiro a todos os serviços financeiros com sede no Reino Unido, tornou-se uma grande estória de sucesso britânico: Com um total de fundos administrados superior a 3,5 trilhões de libras, mais de 600 empresas estrangeiras listadas na Bolsa de Valores de Londres e 32% do comércio mundial de divisas, Londres é o centro financeiro mais internacional de todo o mundo”, afirma.

“A City de Londres é o local onde ocorre 90% do comércio mundial de metais; 25% do comércio de seguros aéreos e marítimos; e quase 50% de toda a corretagem de navios. E na sempre crescente área de comércio de derivados, Londres é sede de 43% do Mercado de Balcão.

“A Bolsa de Valores de Londres lista mais empresas do que a Bolsa de Valores de Nova Iorque, a NASDAQ e a Bolsa de Hong Kong juntas.

Hoje, o setor financeiro britânico representa 12% do PIB do Reino Unido e emprega mais de um milhão de pessoas. Com uma contribuição de 20 bilhões de libras para o balanço de pagamentos e um quarto da arrecadação total de impostos corporativos do Tesouro, essa indústria é de extrema importância para nossa economia.

Em resumo, é uma história de sucesso impressionante. Mas como tudo isso aconteceu? Há 20 anos, temíamos que Londres fosse superada por Paris ou Frankfurt, e sequer sonhávamos em chegar a ultrapassar Nova Iorque.

Mas o Big Bang, em 1986, levou à remoção de práticas restritivas e desregulamentação do mercado. Agora, empresas estrangeiras podem entrar livremente no mercado, além de comprar qualquer coisa. Tanto o capital como os cidadãos estrangeiros contribuíram imensamente para o sucesso do setor financeiro. O Citigroup atualmente é maior em Londres do que em Nova Iorque -Morgan Stanley transferiu para Londres os cargos globais mais importantes. E a City passou a acolher cidadãos estrangeiros de braços abertos.

De fato, grande parte de nossos talentos vêm de fora. Mais da metade de nossa força de trabalho tem menos de 30 anos de idade. São pessoas dedicadas e inovadoras, que apreciam mudanças e acreditam que nada é impossível.

Esses jovens vindos de todas as partes do globo contribuem imensamente para o sucesso de nossa economia, e muitos deles vêm do Brasil. Alguns permanecem em Londres, mas muitos retornam após verem o que uma economia verdadeiramente aberta pode fazer para promover a prosperidade.

Portanto, abertura de mercado e competitividade são os principais fatores que contribuíram para o sucesso de Londres. Mas ainda há outros.

Em primeiro lugar, temos o ambiente fiscal.

A indústria de serviços financeiros é bastante móvel, em termos geográficos. O dinheiro pode passar facilmente de um país a outro, e o instrumentos mais importantes deixam os escritórios ao anoitecer.

Sendo assim, para ser atraente, o ambiente fiscal deve ser competitivo. O Reino Unido possui um regime especialmente generoso para estrangeiros que trabalham no país: eles não precisam pagar impostos por renda levantada fora do RU.

As taxas de impostos corporativos foram reduzidas recentemente. No entanto, é preciso monitorar o ambiente fiscal de forma a simplificá-lo e manter sua competitividade. Nosso novo Ministro das Finanças já anunciou sua intenção de continuar a simplificar o regime tributário.

A independência que o atual primeiro-ministro, Gordon Brown, deu ao Banco da Inglaterra há dez anos, quando era ministro das Finanças, em especial na área de política monetária, também ajudou a assegurar uma macroeconomia estável e bem sucedida.

Mas um dos fatores de sucesso mais importantes tem sido o ambiente regulador. Nosso governo criou um regulador único e favorável aos negócios para todos os serviços financeiros - a Autoridade de Serviços Financeiros.

A ASF não atua como a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos. Ao contrário, possui uma abordagem baseada em princípios e risco, bastante diferente da abordagem baseada em regras, com mentalidade de preenchimento de requisitos.

A ASF lança sobre as empresas a responsabilidade de administrar seus próprios assuntos e regular seus próprios negócios. Essa auto-regulamentação exige que as empresas identifiquem os riscos de adentrar novas áreas de negócios e, consequentemente, lidem com eles. Isso requer boa governança corporativa, em que a empresa faz suas próprias verificações e balanços por meio de membros não-executivos do quadro de diretores.

Empresas raramente vão à falência por causa de sistemas internos ruins. Isso ocorre, em geral, devido a estratégias mal escolhidas ou à má implementação delas. No Reino Unido, enfatizamos a melhoria da governança corporativa em detrimento da introdução de regras detalhadas. Quanto melhor for a governança corporativa na comunidade empresarial, menor será a necessidade de regulamentação detalhada.

A legislação Sarbanes-Oxley, nos Estados Unidos, foi a solução errada. Ela foi uma reação política à falência da Eron e da Worldcom.

O modelo britânico, diferentemente do adotado nos EUA, reduz os custos de regulações detalhadas, como a Sarbanes-Oxley, a qual provou ter efeito prejudicial na competitividade de Nova Iorque. Ela não solucionou o problema de governança corporativa, apenas aumentou o fardo do cumprimento e da regulação.

Ao adotar essa abordagem favorável, a ASF dá aos serviços financeiros do Reino Unido uma estrutura dentro da qual os negócios podem inovar e prosperar.

E há muitos exemplos de novos instrumentos financeiros e novas áreas de negócios que foram criados em Londres nos últimos anos.

Primeiramente, é claro, temos os mercados de derivados. Creio que não preciso me aprofundar muito em sua descrição. Mas gostaria de trazer à sua atenção os derivativos de frete (forward freight derivativas). Esses novos instrumentos foram desenvolvidos pelo Baltíc Exchange, em Londres, e atualmente são comercializados por diversos estabelecimentos financeiros.

Em segundo lugar, temos o mercado islâmico de produtos bancários e de seguro, que cresce rapidamente. Muitos dos produtos que estão à venda lá, foram inventados, desenvolvidos e comercializados em Londres.

De fato, Londres tornou-se o centro financeiro islâmico, e recebe grande ajuda dos muçulmanos que trabalham em estabelecimentos financeiros na cidade. Eles têm sido essenciais para o nosso sucesso.

Em terceiro, Londres inventou grande parte e sedia o maior mercado de emissões de carbono do mundo, além de ser o centro global do comércio de emissões.

Essa é uma área na qual poderíamos trabalhar juntos. Os projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável do Brasil correspondem a apenas 6% dos projetos do mundo. Essa proporção é muito baixa, representa uma oportunidade perdida. Londres está envolvida em 50% de todos os projetos de desenvolvimento sustentável. Somos os parceiros estratégicos ideais para aproveitar esse mercado em desenvolvimento.

O resultado desse acesso livre ao mercado e do ambiente regulador favorável é que empresas financeiras têm se reunido em Londres. Hoje, 20 anos depois do Big Bang, aproximadamente 50% das empresas da City de Londres são estrangeiras e há 200.000 trabalhadores de outros países no setor de serviços financeiros do Reino Unido. Quase 50% das propriedades da City pertencem a instituições financeiras estrangeiras, sendo que cerca de um quarto pertence à previdência alemã.

Uma de nossas maiores estórias de sucesso é a Bolsa de Valores de Londres.

Devido a seu ambiente de negócios encorajador, a BVL precisou adaptar-se às necessidades dos clientes, introduzindo um comércio eletrônico mais ágil e trazendo mais empresas ao mercado. Hoje, a BVL tem o mercado de equities mais líquido da Europa, e a maior base de investidores institucionais. E o mais internacional das bolsas de valores do mundo, contando com mais de 600 empresas estrangeiras.

Em 2006, 367 novas empresas foram incluídas na BVL, ao passo que o total de empresas incluídas nas Bolsas de Valores de Nova Iorque, NASDAQ e Hong Kong juntas foi de 332. Em 2006, foram levantados US$ 104 bilhões, ao lado de US$ 69 bilhões levantados na Bolsa de Nova Iorque e NASDAQ juntas.

Na primeira metade de 2007, esse padrão foi mantido, sendo levantados US$ 26 bilhões na BVL. Nesse mesmo período, a Bolsa de Nova Iorque e NASDAQ levantaram, juntas, US$ 21 bilhões.

Para manter sua posição internacional como mercado global, a BVL inventou um novo mercado paralelo ao Mercado Principal. Chama-se Mercado Alternativo de Investimentos, desenvolvido para trazer novas e crescentes empresas à atenção dos investidores globais. O mercado já provou ser muito popular. Em 2006, por exemplo, houve 341 Ofertas Públicas Iniciais no Mercado Alternativo, das quais 109 eram de fora do Reino Unido, provindas de 27 países diferentes. De fato, 72% do total de OPIs do mundo na primeira metade de 2007 foram nesse mercado.

E é muito simples e barato participar do Mercado Alternativo. A regulamentação das empresas é feita por consultores independentes, sob a supervisão da BVL. Esses consultores são responsáveis pela boa e adequada governança corporativa em empresas do Mercado alternativo, não o regulador britânico.

O outro fator importante para o sucesso é o ambiente físico, tanto no que diz respeito a segurança, quanto infra-estrutura.

A polícia da City de Londres é uma força independente especializada na prevenção e detecção de crimes financeiros. Ela já construiu, também, grande reputação na área de segurança física e prevenção de incidentes terroristas.

Se as pessoas que trabalham em Londres se sentirem seguras e gostarem de viver e trabalhar na cidade, isso atrairá os melhores executivos financeiros do mundo.

Além disso, a Corporação de Londres dedicou-se a tentar assegurar que os prédios empresariais sejam modernos e adequados.

Mas o principal fator de sucesso são as 'pessoas' - e, por isso, estamos investindo muito tempo no incentivo à educação administrativa e ao desenvolvimento de habilidades profissionais. Londres tem um pólo de talentos que não perde para lugar algum - e muitas das nossas pessoas vêm de fora do Reino Unido” , continua o ' prefeito'.

“Vim aqui hoje para compartilhar nossas experiências com vocês. Uma coisa é certa: Londres é a melhor parceira financeira para o Brasil. Caso venham para o mercado do Reino Unido ou para o país em si (e esperamos que façam ambos!), saibam que estamos dispostos a ajudá-los a criar prosperidade neste imenso país.

Fiquei muitíssimo impressionado com o que vi no Brasil, e com as pessoas que conheci. Sei que continuarão a ter sucesso nos atuais mercados globais” , vê o Lord Mayor.

Segundo John Stuttard, o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral ficou muito interessado em investimentos na educação, inovação, logística, seguros, entre outros, que devem se concretizar através de visita que fará juntamente com uma delegação a Londres.

Mas Stuttard segue descrevendo dezenas de setores que lhes interessam dentre eles o de resseguros, setor que já estão estudando o mercado brasileiro, aguardando apenas as novas regras que serão definidas pelo governo federal, que ele acredita aconteça entre dois a três meses. Mas também lhes interessam investir na sustentabilidade ambiental, na logística, na educação, nas PPP's, inovação, entre outros segmentos.

Stuttard não vê grandes impactos nos negócios por conta do “subprime”, para ele o importante é uma boa gestão corporativa, -o que vem acontecendo nos Estados Unidos também não é um desastre, logo o mercado volta ao normal, e os bancos brasileiros nem tiveram envolvidos nestas operações – lembra o 'prefeito'.

Ao contrário, Stuttard recomenda que comprem ações, porque o momento trêmulo vai passar, - e lógico, vai ganhar quem apostar nisso -sugere.

Perfil - Alderman John Stuttard Lord Mayor - O Sr. John Boothman Stuttard assumiu o cargo de 679ª Lord Mayor (Lord Mayor representa um título da nobreza que surgiu na era medieval e sua função é representar os interesses financeiros e os negócios da "City of London Corporation") da Cidade de Londres na sexta-feira, 10 de novembro de 2006, data que termina seu mandato neste ano.

John Stuttard trabalhou por quase 40 anos na PricewaterhouseCoopers. A maior parte da sua carreira foi dedicada à assistência para negócios globais, para facilitar o acesso aos mercados globais, oferecendo consultoria em aquisições de cotações da Bolsa de Valores de Londres, governança corporativa, relatórios financeiros, contabilidade, auditoria e conformidade. Em 1981, recebeu uma atribuição de dois anos para o Gabinete do Governo do Reino Unido, aluando como consultor para as indústrias nacionalizadas e suas privatizações.

Possui experiência de trabalho no exterior. Por 10 anos foi presidente do Grupo Escandinavo da empresa, recebeu o título honorífico de Comendador da Ordem do Leão da Finlândia por serviços prestados ao país e, até recentemente, foi Presidente da Câmara de Comércio Finlandesa-Britânica. Foi presidente Executivo do escritório da empresa na China por cinco anos, residindo em Shangai e Beijing, e participou de diversas delegações de negócios da Cidade de Londres, promovendo a Cidade no exterior. Durante seis anos foi diretor do Conselho de Negócios China-Grã-Bretanha.

O Vereador Stuttard foi eleito Vereador da Regional de Lime Street em 2001 e ofereceu suporte às atividades do Lloyds, do mercado geral de seguros, da indústria de transportes e ao caráter peculiar do Leadenhall Market. Tem um interesse especial por educação; por quatro anos, foi membro do Conselho de Nomeações da Universidade de Cambridge. Atualmente é Vereador Patrono da Associação de Educadores e Administrador da King Edward's School, Witley. Seu trabalho caritativo inclui a atuação como conselheiro da St PauFs Foundation e como curador do Centro de Juventude New Horizon (no "West End" de Londres) e da Charities Aid Foundation, onde foi o presidente da Comissão de Auditoria, Risco e Conformidade. Ele também auxiliou a Voluntary Service Overseas por muitos anos, em captação de recursos; é membro de seu Conselho.

Como comandante da City de Londres, o Lord Mayor preside sobre seus órgãos governamentais - o Tribunal de Vereadores e o Tribunal da Câmara Municipal. Ele é chefe dos Magistrados da City de Londres, almirante do Porto de Londres, chanceler da City University e presidente ou patrono de várias outras organizações civis e de caridade. O Lord Mayor também é embaixador da indústria de serviços financeiros estabelecida no Reino Unido, cuja sede é no centro financeiro de Londres, mas inclui centros financeiros regionais como Edimburgo, Glasgow, Leeds, Manchester e Bristol. Esta tarefa exige que se passe muito tempo no exterior, promovendo os serviços e conhecimentos específicos da City de Londres. Como parte de sua função diplomática para os serviços financeiros ele também recebe visitas de Chefes de Estado e Governos em nome do governo britânico e da City de Londres. Ele promove seminários, conferências e banquetes para eles, assim como outras atividades de entretenimento para ministros e líderes de negócios estrangeiros.

A iniciativa de negócios do Lord Mayor para este ano de mandato enfoca Londres como Cidade de Aprendizagem Financeira. Ele promoverá os diversos órgãos profissionais, assim como as Universidades e Escolas de Administração de Londres, com o slogan City of London - City of Leaming (Cidade de Londres - Cidade do Aprendizado.), destacando as vantagens de um negócio e educação profissional no Reino Unido.

Sua Campanha está voltada para o auxílio ao ensino transnacional, através da Voluntary Service Overseas (John foi professor da VSO em Bornéu em 1966/67). Entre os beneficiários da campanha está o Programa de Bolsas de Estudo Mansion House, que subsidia bolsas de estudos para jovens estrangeiros que buscam obter experiência em negócios e educação profissional no Reino Unido. Sua missão é ajudar a proteger e ampliar as oportunidades de emprego em serviços financeiros e empresariais na "City of London" (o nome de marca desta indústria no Reino Unido como um todo) e promover a aprendizagem e a conscientização cultural em caráter transnacional.

John Stuttard casou-se com Lesley em 1970 e eles têm dois filhos; ambos são casados e atuam na indústria de serviços financeiros de Londres. Lesley é Membro da Associação de Jardineiros da Cidade de Londres e participa ativamente dos serviços de caridade da City.

A Função do Lord Mayor da City de Londres - Como comandante da Corporação da City de Londres, o Lord Mayor (Lord Mayor representa um título da nobreza que surgiu na era medieval e sua função é representar os interesses financeiros e os negócios da "City of London Corporation") preside sobre seus órgãos governamentais - o Tribunal de Vereadores e o Tribunal da Câmara Municipal. Ele também é Chefe dos Magistrados da City de Londres, Almirante do Porto de Londres, Chanceler da City University e Presidente ou Patrono de várias outras organizações civis e de caridade.

Sua função de negócios é muito mais ampla, atuando em prol da Grã-Bretanha como um todo e promovendo a City de Londres como o principal centro financeiro internacional do mundo. Seu cargo de porta-voz de confiança da comunidade empresarial é encarecido pela natureza totalmente apolítica de seu posto.

Uma das principais responsabilidades do Lord Mayor é promover a indústria de serviços financeiros baseados no Reino Unido e negócios afins no exterior. A City de Londres é o coração dessa indústria, mas também inclui serviços financeiros de varejo em cidades como Edimburgo, Glasgow, Manchester, Leeds, Birmingham e Bristol.

Durante o ano em que exerce o cargo, o Lor Mayor permanece de 50 a 80 dias no exterior promovendo essa indústria e a City de Londres como um local de excelência para a realização de negócios. Acompanhado por uma delegação sénior de negócios, ele participa de reuniões e faz representações perante ministros de governo e outras autoridades. Contatos importantes são realizados nos mais altos níveis - conexões que se tornam cada vez mais valiosas com a crescente participação internacional na City de Londres e nas indústrias britânicas de produção.

A indústria de serviços financeiros do Reino Unido é uma grande fonte geradora de empregos; a maior geradora de riqueza da Grande Londres. É uma operação altamente internacional e 40% da força de trabalho da City é empregada por empresas estrangeiras.

A atuação do Lord Mayor na promoção de serviços financeiros é tão ativa dentro do país como no exterior e visitas por todo o Reino Unido compõem a maior parte das atividades do ano.

O Lord Mayor também participa de diversos compromissos quando está em sua cidade. Como Comandante da "City of London Corporation", ele está envolvido com o governo local e com questões pertinentes a toda a cidade de Londres, que vão do trabalho da City em prol da regeneração de distritos vizinhos a questões de transporte e ambientais.

Em nome da Rainha e do Governo, ele exerce o papel de anfitrião quando a City de Londres oferece hospitalidade aos líderes de estado e dignitários estrangeiros visitantes. Adicionalmente, o Lord Mayor proporciona uma plataforma para que os Ministros de Governo realizem discursos de apresentação da linha de ação do governo. O Primeiro Ministro comparece ao Banquete Anual do Lord Mayor em Guildhall, enquanto o jantar dos Banqueiros, em junho, é a oportunidade para o ministro da Fazenda fazer o discurso anual de apresentação da plataforma de governo, conhecido como o discurso da Mansion House. O Banquete de Páscoa, também na Mansion House, é a maior oportunidade anual para todos os diplomatas de Londres ouvirem o pronunciamento do Secretário de Relações Exteriores. Outros membros do Gabinete e personagens eminentes do cenário internacional de negócios também valorizam essas oportunidades.

Ele também preside sobre as reuniões do Tribunal da Câmara Municipal e do Tribunal de Vereadores, e participa de eventos e projetos de caridade das Associações de Classe. Recebe ministros estrangeiros visitantes e grandes empresários, mantém contato próximo com instituições e empresas da City de Londres, além de viajar para outros centros financeiros do Reino Unido para estar em contato com a atividade económica regional. Em seu ano de mandato ele fará cerca de 600 discursos tratando de uma ampla variedade de assuntos, de questões financeiras da City a serviços beneficentes e patrocínios.

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