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08/11/2011 - 11:47

MMX vendeu 2,1 milhões de toneladas de minério de ferro no 3T11, crescimento de 2% e 20% ante 2T11 e 3T10


Bate recorde, mas o desempenho da companhia, no entanto, foi impactado por forte variação cambial registrada entre os meses de julho e setembro.

A MMX Mineração e Metálicos S.A., mineradora do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, divulgou no dia 07 de novembro (segunda-feira), os resultados apurados no terceiro trimestre de 2011 (3T11). No período, a companhia registrou recorde de vendas, que somaram 2,1 milhões de toneladas. Apesar disso, a companhia apresentou prejuízo líquido de R$ 243,2 milhões, resultante da variação cambial de R$ 318,1 milhões devedora.

Os principais destaques do 3T11 foram a obtenção da licença prévia para a expansão da Unidade Serra Azul, a contratação da empresa de engenharia WorleyParsons, a compra dos equipamentos de maior prazo de entrega e o contrato para fornecimento de energia com a MPX.

No trimestre em que Guilherme Escalhão assumiu a presidência da MMX, sucedendo Roger Downey no comando da companhia, foram feitos também anúncios sobre a certificação de 3,1 bilhões de toneladas de recursos minerais pela SRK, conclusão da perfuração do túnel do Superporto Sudeste, protocolo do EIA/RIMA para a duplicação da capacidade do Superporto Sudeste e aquisição de 99,1% das ações em circulação da PortX.

Escalhão ressalta a importância de fazer a primeira divulgação trimestral, após assumir o comando da companhia. “É com satisfação que faço minha primeira apresentação dos resultados trimestrais da MMX. No terceiro trimestre deste ano, batemos nosso recorde de vendas, mas, por outro lado, nossos resultados financeiros foram afetados pela variação cambial. Avançamos de forma acelerada na implementação dos nossos projetos, com a obtenção de marcos importantes no período, como a licença prévia de Serra Azul e a encomenda de seus equipamentos principais e, no Superporto Sudeste, a conclusão da perfuração do túnel e o protocolo do EIA/RIMA para 100 milhões de toneladas por ano.”

Produção -O volume produzido pela MMX no terceiro trimestre foi de 1,9 milhão de toneladas de minério de ferro, volume 11% menor em relação ao 2T11, mas ligeiramente maior (1%) na comparação com o 3T10. A produção da companhia foi afetada pelo desempenho de Corumbá, que retraiu 40% em relação ao segundo trimestre do ano, refletindo a estratégia da MMX de ajuste da produção e utilização do estoque.

O Sistema Sudeste manteve a produção em linha com o trimestre passado, de 1,6 milhão de toneladas. Comparando com o 3T10, a produção cresceu 16%.

Vendas- A MMX vendeu 2,1 milhões de toneladas de minério de ferro no 3T11, volume recorde para a companhia. Houve crescimento de 2% e 20%, na comparação com 2T11 e 3T10, respectivamente. O mercado interno foi responsável por 69% das vendas, enquanto as exportações por 31% do total.

Desse total, 1,5 milhão de toneladas de minério de ferro foram do Sistema Sudeste. As vendas desse sistema foram 90% para o mercado interno. Na comparação com trimestres anteriores, o volume ficou em linha com o 2T11 e 15% maior que o 3T10.

No 3T11, o Sistema Corumbá vendeu 578 mil toneladas, apresentando o melhor desempenho histórico da unidade, sendo que 86% das vendas foram direcionadas para o mercado externo. Em relação do 2T11, houve crescimento de 20% e de 36% em relação ao realizado no 3T10.

O Ebitda consolidado, sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, no 3T11 foi de R$ 50,2 milhões, valor 33% e 31% inferior aos montantes apresentados nos 2T11 e 3T10. Esse desempenho foi principalmente impactado pela inserção do Superporto Sudeste no balanço da MMX. Expurgando-se os efeitos não recorrentes, o Ebitda ajustado seria de R$ 61,6 milhões.

Para Escalhão, a manutenção de patamares sustentáveis do Ebitda da MMX nos últimos cinco trimestres evidencia a consistência operacional e financeira da companhia. “A consistente geração de caixa da MMX, mesmo antes da execução completa de seu plano de negócios, é um importante diferencial em relação a outros projetos de mineração”, destaca.

O Sistema Sudeste apresentou Ebitda recorde de R$ 79,1 milhões no 3T11, valor 8% acima do registrado no 2T11 e 5% maior na comparação com o 2T10. O resultado foi influenciado por itens não recorrentes, positivos de R$ 17,5 milhões. O Ebitda ajustado apresentaria valor de R$ 61,6 milhões.

O Sistema Corumbá fechou o 3T11 com Ebitda positivo de R$ 1,5 milhões, 94% e 80% inferior aos valores apresentados no 2T11 e 3T10, respectivamente. Apesar do aumento do volume vendido, esse trimestre foi impactado pela despesa não recorrente de R$ 28,9 milhões pagos à Fluviomar, pelo encerramento de contrato antecipado em 2008. Ajustando o Ebitda pelos não recorrentes, o valor ficaria de R$ 30,5 milhões.

No Superporto Sudeste, o Ebitda trimestral ficou negativo em R$ 14,9 milhões, influenciado principalmente por investimentos de R$ 7,8 milhões na construção do Centro Cultural Municipal em Itaguaí.

Resultado Financeiro -No 3T11, a MMX apresentou resultado financeiro negativo em R$ 305,8 milhões, valor que é resultado de: (i) R$ 27,0 milhões de receita, (ii) R$ 14,7 milhões de despesa e (iii) R$ 318,1 milhões de variação cambial devedora.

O desempenho financeiro nesse trimestre foi influenciado pela desvalorização de 19% do real frente ao dólar, refletido na dívida financeira e na obrigação do pagamento dos royalties aos detentores dos títulos de remuneração variável baseado em royalties de US$ 688 milhões, contabilizada no passivo não circulante.

Investimentos- No 3T11, a MMX investiu R$ 292,2 milhões, principalmente em: (i) R$ 231,6 milhões no Superporto Sudeste, (ii) R$ 47,3 milhões nas Unidades de Serra Azul e Bom Sucesso e (iii) R$ 8,6 milhões no Chile. No acumulado do ano, o montante investido foi de R$ 475,6 milhões, dos quais (i) R$ 341,9 milhões no Superporto a partir da aquisição da Portx, em 20 de maio de 2011 (ii) R$ 113,9 milhões nas Unidades de Serra Azul e Bom Sucesso e (ii) R$ 18,4 milhões no Chile.

Superporto Sudeste- O Conselho de Administração da MMX aprovou programa de investimento necessário para permitir a expansão da capacidade do Superporto Sudeste para 100 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Com o intuito de eliminar o impacto na operação durante a duplicação da capacidade do Superporto Sudeste, foram aprovados investimentos para realização de obras civis, como o alargamento do túnel, aumento da área da pêra ferroviária, modificações nos equipamentos e aquisição de terrenos para preparação para a capacidade de 100 milhões de toneladas. Os recursos comprometidos nesses investimentos somam R$200 milhões.

Após a aquisição do Superporto Sudeste em maio deste ano, a MMX promoveu a reavaliação completa do empreendimento. As informações geotécnicas complementares indicaram a necessidade de melhorias na estrutura dos viradores de vagões, na contenção de concreto no corte do morro adjacente à pêra ferroviária, entre outras, com investimentos adicionais de R$110 milhões. Além disso, a conclusão dos processos de contratação de equipamentos e serviços e da compra de terrenos apontou valores superiores aos incluídos no orçamento original, em um total de R$290 milhões.

O Superporto Sudeste já possui duas linhas de crédito aprovadas pelo BNDES que totalizam R$ 1,2 bilhão (FINAME e FINEM) e a MMX já solicitou suplementação do financiamento do FINEM ao BNDES no valor de R$ 550 milhões.

Com isso, a data de início de operação do Superporto Sudeste também foi alterada e a nova estimativa é para o primeiro trimestre de 2013.

Perfil-A MMX é a mineradora do Grupo EBX, do empresário Eike Batista. Criada em 2005, um ano depois a companhia realizou seu IPO. Atualmente, a MMX possui dois sistemas em operação: Sistema Sudeste (MG) e Sistema Corumbá (MS). A capacidade instalada da companhia é hoje de 10,8 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. A MMX trabalha para expandir, até 2016, essa capacidade para 46 milhões de toneladas por ano.

O Sistema Sudeste é formado pelas Unidades Serra Azul e Bom Sucesso. Na Região de Serra Azul – Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais –, a MMX tem capacidade instalada para produzir anualmente 8,7 milhões de toneladas de minério de ferro e, até 2016, chegará a 24 milhões de toneladas/ano. A MMX também possui um contrato para a exploração da Mina Pau de Vinho, área contigua à Serra Azul, onde a companhia estiva que poderá produzir 8 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Em Bom Sucesso, no Centro-Oeste mineiro, a MMX tem projeto em estudo para produção de 10 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Tanto a expansão da Unidade Serra Azul quanto a implantação da Unidade Bom Sucesso estão em fase de licenciamento ambiental.

O Sistema Corumbá, no Mato Grosso do Sul, está em operação desde 2006 e tem capacidade instalada de produção anual de 2,1 milhões de toneladas de minério de ferro.

A MMX também está presente no Chile, onde detém direitos minerários para a extração de minério de ferro na região do Deserto de Atacama. A MMX prevê que produzirá dez milhões de toneladas de minério de ferro por ano até 2016.

Em maio de 2011, a MMX concluiu a aquisição do Superporto Sudeste, que está em construção no município de Itaguaí, no Rio de Janeiro. Na primeira fase o Superporto Sudeste terá capacidade para exportar 50 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, que será expandida para 100 milhões de toneladas por ano numa segunda fase.

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