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08/11/2011 - 12:43

“O sequestro do Santa Maria”


Cia dos Livros, Livraria Da Vila e Ludenbergue Góes convidam para o lançamento do livro “O Sequestro do Santa Maria - um sonho de liberdade”.Lançamento/ Autógrafo do Livro , dia 30 de novembro (quarta-feira), das 18h30 às 21h30,na Livraria da Vila Fradique – Rua Fradique Coutinho, 963 - São Paulo – SP .Estacionamento no número. 983.

No próximo dia 30 de novembro o jornalista Ludenbergue Góes* recebe seus amigos e leitores na Livraria da Vila Fradique para o lançamento de seu livro “O sequestro do Santa Maria – um sonho de liberdade”, da Editora Cia dos Livros. Nesta obra ele relembra o primeiro ato político desse tipo da era moderna, que ficou como um exemplo de coragem, audácia e de amor à Liberdade. Meio século depois, esse episódio ainda desperta grande curiosidade. O livro traz esclarecimentos que desfazem dúvidas sobre o tema. Com visão ampla e linguagem jornalística bem focada, o autor faz que o relato flua com clareza, conseguindo mostrar os fatos como aconteceram.

O sequestro do Santa Maria um sonho de liberdade- Tudo começou na madrugada de 22 de janeiro de 1961, quando o transatlântico “Santa Maria”, um dos dois mais luxuosos navios de Portugal, navegava pelo mar do Caribe, levando mais de 600 passageiros, de várias nacionalidades, e 350 tripulantes portugueses, no que deveria ser um alegre e tranquilo cruzeiro marítimo. A maior parte da tripulação e dos passageiros dormia. De repente, as duas portas da ponte se abrem ao mesmo tempo e dois grupos armados invadem a sala iluminada apenas pelos instrumentos de navegação, um a bombordo, outro a estibordo. Há um rápido tiroteio e, acesas as luzes, o terceiro piloto e o navegador estão caídos, gravemente feridos. Poucos minutos depois, o navio está nas mãos de um grupo formado por espanhóis e portugueses, que pretendiam levá-lo, sigilosamente, para a África e de lá iniciar um movimento para a derrubada das ditaduras de Antonio Salazar, em Portugal, e Francisco Franco, na Espanha. (no final da apresentação do livro, uma breve entrevista com o autor)

Colocando os sentimentos humanitários acima dos objetivos políticos, para proporcionar assistência médica adequada ao ferido, os sequestradores alteraram a rota prevista, permitindo a sua localização e perseguição pelo Caribe e pelo Atlântico, por navios e aviões de vários países. A epopeia veio a terminar no Brasil, com a entrega do navio, mas, durante 13 dias, o “Santa Maria” foi notícia nos jornais de quase todo o mundo e a “Operação Dulcinéia” atingiu um dos seus objetivos, pondo em foco os regimes ditatoriais dos dois países.

Autor: Ludenbergue Góes começou a carreira em São José do Rio Preto, em 1953. A partir de 1959 trabalhou por 32 anos no jornal O Estado de S. Paulo como repórter e editor de esportes e co-secretário de redação. Trabalhou também na TV Bandeirantes, na TV Globo e na Assessoria de Comunicação do Governo do Estado de São Paulo.

.Edição: Editora Cia. dos Livros| 272 Páginas |ISBN 978-85-63163-41-7|Preço: R$ 39,90.

Segue entrevista com Ludenbergue Góes

Cia dos Livros – Quando surgiu a idéia de escrever sobre “O Sequestro do Santa Maria”?

Ludenbergue Góes – Na época do sequestro, eu já trabalhava no Estadão e, embora não participasse, acompanhei de perto a cobertura. Naquela época, eu, como tanta gente, víamos o capitão Henrique Galvão como o único idealizador e o heroi da operação. Muitos anos depois, por ligações familiares (ele é casado com minha prima Vera), aproximei-me de Vitor Velo, um dos integrantes do grupo de sequestradores, e, ouvindo o seu relato e vendo os documentos de seu arquivo, tive outra visão. Houve mais gente e com atuação até mais importante naquele episódio. E foi para mostrar esse outro lado e resgatar a história verdadeira (ou a mais próxima da verdade) que decidi escrever o livro.

Cia dos Livros – O sr. encontrou dificuldades para levantar os dados em suas pesquisas?

Ludenbergue Góes – Não. Não tive dificuldades. Primeiro, graças à colaboração do Vitor Velo, com a liberação de todo o seu arquivo e outros livros já escritos. E, ainda, pessoas que trataram do assunto; arquivo do jornal O Estado de S. Paulo; material de vários outros veículos e sites com credibilidade, de órgãos oficiais.

Cia dos Livros – Com foi a cobertura jornalística deste episódio?A mídia foi fiel aos fatos ou houve interferências? Tanto a nacional como a internacional?

Ludenbergue Góes – Foi uma cobertura ampla e detalhada, dentro, é claro das condições da época. Os jornais e rádios brasileiros foram mais fiéis, embora todos dependessem, basicamente das agências internacionais, nem sempre isentas. Nos paises envolvidos, como se vê no livro, o noticiário era maciçamente contra os sequestradores.

Cia dos Livros – Quais os pontos mais significativos de toda esta jornada do Santa Maria?

Ludenbergue Góes – Acho que há vários episódios marcantes antes, durante e depois da operação. Antes, as divergências entre Galvão e os demais mentores da operação; durante, as escaramuças para o embarque; a tomada da ponte de comando; a difícil decisão de mudar de rumo para garantir assistência ao tripulante; a corrida de gato e rato, depois que o navio foi localizado. Depois, as brigas e disputas entre os envolvidos na operação.

Cia dos Livros – O que gostaria de acrescentar?

Ludenbergue Góes – Gostaria de destacar que o livro vai além da Operação Dulcineia. Numa primeira parte, dá uma ideia da situação mundial que levou vários paises a regimes ditatoriais. Faz o perfil dos principais personagens e acompanha a vida deles, antes e depois do episódio, assim como dá detalhes dos regimes de Franco e Salazar e dos acontecimentos que culminaram com a queda deles.

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