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08/11/2011 - 13:36

O grande desafio da inovação

Transformar em ações práticas e consistentes um conceito estratégico, para a indústria global e para os demais ramos da sociedade, de maneira geral, é o desafio que vem sendo perseguido pela Ciser Parafusos e Porcas, a maior fabricante de fixadores da América Latina. Mas, cabe ressaltar, inovação na Ciser não foi fruto de um simples desejo ou inspiração de alguns. Nasceu, isto sim, da análise criteriosa de um grupo de gerentes e do comando da empresa durante o planejamento estratégico do biênio de 2006/2007. E foi entendida com tamanha prioridade que se incorporou a visão da empresa, que é: “Ser solução de classe mundial em fixadores e componentes metálicos, destacando-se pela confiabilidade, agilidade e inovação”.

Daí adveio o primeiro desafio – como transformar em fato um grande desejo? Ao longo de 2008, a Ciser estruturou sua área de Pesquisa & Desenvolvimento e Tecnologia, lançando um manual de referência para seus gestores, assim como a cartilha de inovação para todos os colaboradores – foi, diga-se, o primeiro movimento para difundir o conceito dentro de um grupo de 1.200 funcionários. Já naquele ano, colhemos os primeiros frutos: a Ciser foi escolhida como uma das 15 empresas de grande porte mais inovadoras do Brasil. Não levamos a taça, mas ficamos perto!

Em 2009, criamos os grupos multidisciplinares, hoje em número de quatro, com 28 participantes indicados pela alta gerência e que, após intenso treinamento em criatividade, nos procedimentos e na metodologia escolhida pela Ciser, começaram em 2010 a gerar excelentes resultados, apresentando novos produtos e serviços à empresa. A essa parte do modelo, chamamos de “Inovação voltada ao Ambiente Interno”. São 400 horas mensais dedicadas exclusivamente ao tema. Como conseqüência, temos solicitadas quatro patentes de novos produtos.

Ainda em 2009, iniciamos a “Inovação voltada ao Ambiente Externo”, montando um networking com órgãos de fomento e academias. Conhecer as universidades e os pesquisadores é uma tarefa de suma importância, árdua, mas gratificante. Não é comum empresas e universidades falarem e negociarem pesquisa aplicada – temos feito isso com muito sucesso; entendemos que o conhecimento científico, as instalações e as mentes necessárias para o grande salto tecnológico estão disponíveis nas universidades. O segredo é encontrá-los e saber como utilizar em conjunto todo esse potencial.

Incomum também é levar isso para a formação acadêmica dos futuros profissionais. Nessa perspectiva é que, em 2008, foi lançado o Prêmio Ciser de Inovação Tecnológica, abrangendo as maiores universidades brasileiras, seus alunos e coordenadores. Este serviu de base à segunda edição, efetivamente em base nacional, que irá, no dia 17 de novembro, premiar os trabalhos submetidos pelo aluno criador e professor orientador, além da instituição. Em 2011, a iniciativa foi ainda mais ampliada, devido ao grande sucesso alcançado.

Essa é também a forma inovadora de a Ciser incentivar jovens empreendedores, dando, além da premiação instituída, a possibilidade de ingresso no grupo Carlos H Schneider, cumprindo mais uma vez seu papel social.

E no futuro? Se temos um modelo bem-sucedido de gestão de inovação, sabemos que amanhã terá que ser diferente. Nosso modelo já cruzou fronteiras, sendo levado à Universidade de Stanford como caso brasileiro de sucesso, assim como serviu de benchmark para o Banco do Brasil e a Eletronorte, só para citar dois nomes.

Não sabemos como será o futuro, mas temos hoje a missão de integrar a esse processo vitorioso todos os outros funcionários da Ciser, além dos 28 que trabalham diretamente com o tema. No ambiente externo, contamos com quatro linhas de pesquisa, que envolvem hoje 14 mestres e doutores de renomadas universidades como Udesc, EFSC, PUC e ITA. No próximo ano, mais que dobraremos este índice.

Só faltou dizer que a Ciser se orgulha de produzir fixadores – em linguagem simples, algo como porcas, parafusos e assemelhados, que parecem coisas fáceis, sem muita importância, com baixa tecnologia. O que não deixa de ser parcialmente verdade, só que, no extremo das aplicações, sustentam as estruturas espaciais, dão forma aos veículos, juntam as peças tanto de aviões quanto de máquinas de lavar. Essa é a beleza do nosso negócio, fazer algo simples, que garanta qualidade de produtos e assegure vidas, pois todos dependemos dos produtos nos quais os fixadores são aplicados.

.Por:Guido Ganassali, engenheiro mecânico, é gerente de Pesquisa & Desenvolvimento e Inovação da Ciser Parafusos e Porcas, que realiza o Prêmio Ciser de Inovação Tecnológica, voltado a estudantes universitários

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