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30/08/2007 - 10:51

Diminuição das perdas é vital para supermercados

Todos os produtos que entram nos supermercados e não são aproveitados – por diversos motivos – são considerados perdas. Nesse conceito, entram desde bens furtados até produtos que quebram durante o manuseio e a reposição.

Trata-se de um problema vital para os supermercados. Segundo o último índice divulgado pela Abras, as perdas nos supermercados representaram 1,97% do faturamento do setor em 2006. Em relação a 2005, quando o índice foi de 2,05%, houve uma queda de 0,08 ponto percentual.

Em termos percentuais, o número parece pequeno. Mas, analisados à luz de dois fatores, a sua redução torna-se imperativa. Primeiro, o valor absoluto dessas perdas é muito grande. Levando-se em conta que o faturamento do setor foi de R$ 124,1 bilhões em 2006, falamos em perdas acima de R$ 2 bilhões. Em segundo lugar, esse índice está acima do lucro líquido dos supermercados, que, em 2006, foi de 1,75% do faturamento.

As perdas geram prejuízos para todos os agentes econômicos envolvidos na produção de bens. Desde os produtores até os varejistas e, principalmente, os consumidores. Afinal, os prejuízos com as perdas em toda a cadeira produtiva são, muitas vezes, incorporados aos custos, o que encarece o preço do produto. Sem falar no absurdo do desperdício em um país tão desigual socialmente.

O segmento que mais sofre com perdas são os perecíveis. Em hortifruti, por exemplo, as perdas durante toda a cadeia de produção – desde a fazenda até a sacola do consumidor – chegam a 30% em alguns produtos. Um dos principais vilões são as embalagens inadequadas. Um produto frágil como o tomate é, na maioria das vezes, transportado em caixas de madeira, chamadas caixa K. O resultado: na hora de colocar o produto para a venda, grande parte do tomate está amassado e inadequado para o consumo.

A paletização, que vai trazer maior uniformidade e padronização nas embalagens, também pode contribuir para a diminuição das perdas. Outro ponto importante são treinamento e conscientização de funcionários. Estoquistas e repositores bem orientados terão mais cuidado com o manuseio e o empilhamento de produtos. Isso, por si só, já contribui para a diminuição das perdas. E vão contribuir para que toneladas de alimentos não sejam desperdiçados.

. Por: Sussumu Honda, presidente da Associação Brasileira de Supermercados

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