Empresas da Baviera, Alemanha, buscam parceiros de negócios no Brasil

Alemães querem abrir escritórios no País, idealizam joint ventures e miram mercado de produtos e serviços para Copa e Olimpíadas.

São Paulo -Uma delegação de 19 empresas do estado alemão da Baviera desembarca no Brasil no próximo dia 10 de novembro para rodadas de negócios com empresas nacionais. As companhias bávaras, a maioria de pequeno e médio porte, buscam parceiros para formação de joint ventures, distribuição de produtos e equipamentos em diversos segmentos e também oportunidades de negócios com a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, ambos no Brasil.

Algumas das organizações que compõe esta delegação são especializadas na oferta de serviços e consultoria para realização de grandes eventos, expertise acumulada pela Alemanha com a realização de duas Copas do Mundo e duas Olimpíadas no país. As demais são empresas bávaras com tradicional atuação nos segmentos de construção civil, infraestrutura, eletroeletrônicos, refrigeração, TI, transporte e logística, químico e farmacêutico, energia, meio ambiente, máquinas e equipamentos.

“São todas organizações, muito bem estabelecidas em seus respectivos ramos de atuação, que desejam parceiros locais para expandir sua atuação no mercado Brasileiro”, afirma Martin Langewellpott, Representante do Estado da Baviera no Brasil, um dos organizadores das rodadas. A rodada de negócios acontece no dia 10 de novembro, às 14h30, nas dependências da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Empresários interessados podem se inscrever neste link.

A Baviera é um dos estados alemães mais comprometidos com o fortalecimento das relações bilaterais entre o país europeu e o Brasil. É a única unidade federativa da Alemanha que mantém uma representação oficial no Estado de São Paulo desde 1999. Além disso, envia com frequência delegações oficiais e empresariais ao Brasil. Com esta, o número de delegações bávaras que visitaram o Brasil neste ano totaliza três, com a vinda de cerca de 60 potenciais investidores.

A Baviera é uma das regiões mais desenvolvidas da Europa, sendo conhecida mundialmente por seu desempenho econômico. Há 50 anos, a sua economia ainda era predominantemente rural. Desde então, passou por fortes transformações, tornando-se na "meca da alta tecnologia europeia". O PIB do Estado somou € 442,4 bilhões em 2010. A região também se caracteriza por ser um mercado consumidor de alto poder aquisitivo. O PIB per capita anual é superior a € 35 mil, nível claramente acima da média alemã e europeia (posição em 2010)..

No primeiro semestre de 2011, as exportações bávaras beneficiaram-se com a recuperação econômica em curso na Alemanha. Elas cresceram 15,3 % em comparação com o mesmo período do ano passado e alcançaram a cifra de € 79,0 bilhões. Entre os principais itens comercializados entre a Baviera e o Brasil estão as máquinas, autopeças, semimanufaturados e manufaturados. Grandes grupos bávaros como Faber-Castell, MTU, MAN, Siemens, Brose, Kathrein ou Scherdel estão instalados no Brasil.

A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK) é uma entidade que desenvolve um papel essencial no fomento das relações econômicas entre os dois países. Filiada à Confederação Alemã das Câmaras de Comércio e Indústria (DIHK), a Câmara Brasil-Alemanha atua como base para o fortalecimento e a diversificação dos negócios de seus associados, na atração de investimentos para o Brasil, na ampliação do comércio bilateral e na cooperação entre os países do Mercosul e da União Europeia.

No Brasil há 94 anos, a Câmara Brasil-Alemanha congrega 1,7 mil associados, entre empresas de capital ou know how alemão instaladas no Brasil e companhias brasileiras e alemãs voltadas ao comércio exterior, e conta com 220 funcionários atuando em 14 cidades brasileiras. Por meio da Câmara Brasil-Alemanha, os associados se beneficiam de uma rede de mais de 114 câmaras alemãs espalhadas em 81 países, além de 83 entidades do gênero na Alemanha. Em 2010, a Câmara Brasil-Alemanha trouxe para o Brasil 60 delegações empresariais e contou com a participação de 11 mil executivos em congressos, seminários e reuniões anuais.