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31/08/2007 - 07:53

Governadores se encontram para tratar do trem bala ligando Rio de Janeiro e São Paulo

São Paulo- Quase duas horas de atraso por causa das más condições climáticas para pouso em São Paulo deram ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, mais munição para cobrar do governo federal no dia 30 de agosto, a instalação de um trem-bala entre os dois Estados.

Reunidos, Cabral e o governador de São Paulo, José Serra, criaram um grupo de estudos para acompanhar o desenvolvimento do projeto, estimado em pelo menos 9 bilhões de dólares. O governo federal prevê a licitação do trem-bala para o início de 2008, e a construção levaria sete anos.

"O meu atraso para chegar mostra a grande necessidade de uma alternativa de transporte ferroviário de velocidade entre São Paulo e Rio", disse o governador, que foi obrigado a pousar no aeroporto de Viracopos, em Campinas, devido a chuva em São Paulo.

Após percorrer cerca de 90 quilômetros entre o aeródromo do interior paulista e o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, Cabral disse a Serra que os Estados não podem ficar à margem do debate. "Essa é uma demanda da sociedade brasileira e estou confiante de que o trem-bala vai sair."

Serra apresentou proposta de um trem "meia-bala", que faria paradas em algumas cidades no trajeto de 400 quilômetros, alternando com uma composição ligando diretamente as duas capitais de Estado.

As cidades paulistas de São José dos Campos e Taubaté, no Vale do Paraíba, e Rezende, no Sul fluminense, foram citadas como possíveis paradas.

A proposta de um trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro ganhou fôlego com a crise aérea decorrente do acidente com avião da Gol em setembro e agravada com a tragédia da TAM em julho.

Estimativa da empresa italiana Itaplan é de que, no primeiro ano de operação, a linha transportaria 32 milhões de pessoas, segundo Serra. O bilhete ficaria em torno de 130 reais, ante a média de 300 reais para a ponte-aérea atualmente.

Cabral disse que grupos industriais da França, Espanha, Japão e Coréia do Sul também já demonstraram interesse pelo empreendimento. O vencedor da licitação vai explorar o trajeto por 35 anos.

O financiamento da obra deve ser feito por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco Europeu de Investimentos, segundo Cabral.| Por: Maurício Savarese/Reuters.

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