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12/11/2011 - 09:05

Encontro em Salvador alertará secretários sobre os graves gargalos nos portos

O Decreto dos Portos, criado no final do governo Lula, está dificultando os investimentos em empreendimentos portuários do qual o Brasil tanto precisa.

Essa será a tônica da palestra que o engenheiro naval e consultor em logística Nelson Carlini fará no dia 17 de novembro(quinta-feira), em Salvador, para secretários estaduais de Desenvolvimento e Portos de todo o país, em evento promovido pela Secretaria de Indústria Naval e Portos da Bahia.

Nelson Carlini, que foi presidente e diretor executivo de empresas como Docenave, CMA CGM, Wilson & Sons e Estaleiro Verolme, considera que o aspecto mais crítico do Decreto dos Portos é a exigência de que o empreendedor movimente carga própria de forma auto-sustentável, o que afasta a maior parte dos interessados em investir em terminais privativos.

Formado em engenharia naval pela USP, com pós-graudação em administração pela PUC-Rio, Nelson Carlini considera que o Decreto deve ser revisto, uma vez impõe restrições aos investimentos que não estão previstas na Lei dos Portos.

Segundo Carlini, “persistem graves estrangulamentos” na logística portuária, gerando custos adicionais para a cadeia produtiva nacional, no momento em que as empresas brasileiras precisam ganhar competitividade para disputar o mercado externo. O consultor lembrou que mais de 85% do comércio exterior brasileiro passam pelos portos.

O problema é que o desenvolvimento do setor portuário está muito aquém do crescimento da demanda. No segundo semestre de 2011, por exemplo, os portos nacionais movimentaram 211 milhões de toneladas, um avanço de 6,7% em relação a igual intervalo do ano passado. Para que esse crescimento possa ser mantido, em prol do desenvolvimento, os “gargalos” estruturais precisam ser removidos.

“No segmento de contêineres, o volume de importação teve aumento de 47% somente no último ano (2010). O Porto de Santos, o maior da América Latina, encontra-se em situação crítica. Nos últimos 10 anos o volume total de contêineres, incluindo importações e exportações, aumentou 215%, ante um aumento de apenas 6,0% no comprimento acostável nos berços de atracação e de 49% na área alfandegada. O tempo de carregamento sofreu acréscimo de 75%, entre 2009 e 2010, por conta do aumento de fluxo de navios e de cargas”, afirma Nelson Carlini, que tentará mostrar aos secretários reunidos no evento a gravidade da situação.

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