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12/11/2011 - 09:05

Petrobras atinge lucro líquido recorde nos 9M11, apesar do impacto cambial no trimestre


Aumento do lucro líquido foi de 15% sobre os nove primeiros meses de 2010, alcançando R$ 28 bilhões 264 milhões, com 7% de aumento na geração de caixa medida pelo Ebitda. Lucro líquido de R$ 6 bilhões 336 milhões no 3T11, e Ebitda 3% superior em relação ao 2T11. No acumulado do ano, a produção nacional de petróleo e gás subiu 2% em relação ao mesmo período de 2010, alcançando a média de 2 milhões e 363 mil boed (barris de óleo equivalente por dia). Crescimento de 7% nas vendas no mercado interno, na comparação com os primeiros nove meses de 2010, impulsionado pelo crescimento econômico. Entrada em operação, em setembro, do gasoduto Lula - Mexilhão com capacidade para escoar até dez milhões de m3 de gás natural por dia do pré-sal. Confirmação do potencial de Franco com a perfuração do segundo poço na área. Entrada em operação da P-56, em 15 de agosto, que produz atualmente 38,5 mil bpd com dois poços produtores. Até o fim do ano, a previsão é de que atinja aproximadamente 80% da sua capacidade total de 100 mil bpd. Reajuste nos preços da gasolina (+10%) e diesel (+2%) que entraram em vigor em 1º de novembro. A Companhia, pelo sexto ano consecutivo, foi selecionada para integrar o Índice Dow Jones de Sustentabilidade, o mais importante índice mundial de sustentabilidade.

De acordo com entrevista coletiva de imprensa com o diretor Financeiro e de RI da Petrobras, Almir Barbassa, o lucro líquido acumulado do ano cresce 15% – A Companhia apresentou nos nove primeiros meses de 2011 lucro líquido de R$ 28 bilhões 264 milhões, 15% superior ao registrado no mesmo período de 2010. A receita de vendas aumentou 14%, impulsionada, principalmente, por maiores volumes vendidos de derivados e gás natural no mercado interno (+7%) e comercializados a preços mais elevados. Nos 9M11, o preço médio de realização dos derivados aumentou 5%. A cotação média do petróleo Brent aumentou 45% (US$ 77,13/barril para US$ 111,93/barril), o que elevou as receitas com exportações, vendas internacionais e operações de trading. Parte desses efeitos foi compensada pelas menores exportações de petróleo, devido ao maior processamento de óleo nacional nas refinarias.

“Este aumento da receita foi parcialmente compensado pelo aumento de 19% no custo do produto vendido (CPV), decorrente da elevação dos preços e volumes importados para atendimento do mercado interno e aumento das participações governamentais em função do crescimento nas cotações internacionais do petróleo”, frisou o executivo.

As despesas operacionais mantiveram-se estáveis e a Companhia registrou aumento de 7% no lucro antes do resultado financeiro, das participações e impostos. A geração operacional de caixa (Ebitda) também foi 7% maior. As despesas financeiras líquidas de R$ 367 milhões incluem perdas com variação monetária e cambial de R$ 4 bilhões 230 milhões decorrente da depreciação de 11% do real frente ao dólar, em parte compensadas pela receita de R$ 5 bilhões 475 milhões obtida com o rendimento financeiro sobre o caixa.

O lucro líquido do 3T11 alcançou R$ 6 bilhões 336 milhões – No trimestre, a maior receita de vendas (+4%) foi reflexo do aumento nas vendas de derivados (+4%) e de gás natural (+8%) no mercado interno. Esse aumento foi compensado pelo incremento das importações para atendimento à demanda doméstica. Apesar da estabilidade no lucro operacional, o lucro líquido apresentou redução de 42% em comparação ao 2T11, devido, principalmente, ao efeito cambial sobre o endividamento em dólares. A depreciação de 19% do real em relação ao dólar no período resultou em uma variação monetária e cambial negativa de R$ 6 bilhões 579 milhões. Apesar deste efeito, a geração de caixa, medida pelo Ebitda, aumentou 3%, atingindo R$ 16 bilhões 672 milhões. Em 30.09.11, a Petrobras tinha R$ 49 bilhões 686 milhões em passivos líquidos sujeitos à variação cambial.

“Quando o dólar se valoriza em relação à moeda local, há uma reavaliação do valor desses passivos em reais, o que gera uma despesa financeira. Porém, essa despesa não produz perdas relevantes no caixa, pois a maior parte desse passivo é composta de dívida de longo prazo (com prazo médio de sete anos)”, afirma o diretor.

Produção de petróleo e gás natural – A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e exterior, nos nove meses de 2011, aumentou 1% em relação ao mesmo período de 2010, atingindo a média diária de 2 milhões 599 mil barris de óleo equivalente (boed). No Brasil, a produção total de óleo e gás aumentou 2%, alcançando 2 milhões 363 mil boed. A produção de gás natural aumentou 7% devido à maior demanda do setor industrial.

A produção de petróleo nacional atingiu o volume médio diário de 2 milhões 13 mil barris/dia, valor 1% superior a 2010. Esse crescimento foi sustentado pelo maior volume produzido em plataformas existentes, como também pelos Testes de Longa Duração (TLDs), projeto piloto de Lula e pela entrada da P-56, no campo de Marlim Sul na bacia de Campos, que já está produzindo 38,5 mil bpd com dois poços produtores.

Até o fim do ano, a previsão é de que atinja 80% da sua capacidade de 100 mil bpd. No comparativo 3T11 vs 2T11, a produção total de óleo e gás natural no Brasil e exterior caiu 1%, sendo impactada pela redução de 52 mil bpd em Marlim, em função de intervenções em poços, paradas programadas e, especialmente, não programadas (P-35, P-37, P-20 e P-37). Tais paradas foram solicitadas pela ANP e órgãos reguladores ao longo do 3T11.

Em setembro, a Petrobras iniciou a operação do gasoduto Lula-Mexilhão com capacidade para escoar até 10 milhões de m3 de gás natural por dia. O projeto viabiliza o escoamento do gás natural do Pré-Sal da Bacia de Santos na 1ª fase do desenvolvimento do Pré-Sal e irá permitir uma maior flexibilidade no suprimento de gás para o mercado nacional.

Ainda no Polo da Bacia de Santos, foi finalizado o Teste de Longa Duração (TLD) de Guará e ratificada a instalação do projeto Piloto para o final de 2012. A Companhia deu início, em outubro, ao TLD de Carioca, que produz 18.000 bpd, em média, através de um único poço. A produção total de petróleo e gás natural no exterior caiu 4% no acumulado do ano, devido, principalmente, ao início da cobrança, em março, do tax oil no campo de Agbami, na Nigéria, e ao cancelamento dos contratos no Equador, em novembro de 2010.

Investimentos priorizaram a capacidade de produção – Os investimentos nos nove meses de 2011 totalizaram R$ 50 bilhões 831 milhões. As atividades de Exploração e Produção e Abastecimento receberam 85% do volume total investido. Esse valor de investimentos é 10% menor quando comparado aos 9M10 devido à conclusão de grandes projetos naquele ano e à apreciação do real frente ao dólar. Como parte dos investimentos é cotada em dólar, gastam-se menos reais para um determinado montante de dólares investido. O parque de refino vem recebendo uma grande quantidade de obras. Os objetivos são aumentar a conversão de óleo pesado, melhorar a qualidade dos combustíveis e ampliar a capacidade instalada. Como resultado dos investimentos em refino, a Petrobras apresentou no Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI) deste ano significativa melhora no indicador de refino/combustíveis limpos, alcançando avaliação bem acima da média do setor.

Preços dos Produtos – O preço do petróleo nacional vendido pela Petrobras aumentou 40% em dólar no comparativo 9M11 vs 9M10. No mesmo período, o preço médio dos derivados no mercado interno cresceu 13% em dólar e 5% em reais.

Em 1º de novembro de 2011,entrou em vigor o reajuste nos preços de venda nas refinarias da gasolina (+10%) e do diesel (+2%). Esse reajuste foi definido levando em consideração a política de preços da Companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo, que vem apontado um novo patamar para os preços praticados.

Crescimento do fator de utilização das refinarias e maior processamento do óleo nacional – Destacase, nos nove meses de 2011, a utilização de 92% da capacidade nominal das refinarias da Petrobras no país. Foram processados 1 milhão 852 mil bpd de petróleo, 4% a mais do que nos 9M10 em função da parada programada da Replan no ano passado. Destacamos ainda que 82% do petróleo processado tem origem em campos brasileiros. A Petrobras continua investindo em novas unidades de conversão, o que permitirá aumentar o processamento de óleo nacional nas refinarias.

Aumento das vendas de derivados e gás natural no mercado interno – O volume de vendas no mercado interno no acumulado do ano foi 7% superior ao mesmo período de 2010, destacando-se o óleo diesel, gasolina, QAV (querosene de aviação) e gás natural. As vendas de diesel aumentaram 9% em função do aquecimento da economia, com destaque para o agronegócio. O volume vendido de gasolina foi 21% superior, refletindo a maior competitividade frente ao etanol e o crescimento da frota de veículos flex-fuel. As vendas de QAV cresceram 15%, impulsionadas pela apreciação do real que estimulou as viagens aéreas. O aumento de 3% nas vendas de gás natural foi em função do crescimento industrial e da maior demanda por energia.

Custo de extração e de refino – O custo de extração no país, em reais, aumentou R$ 3,09/bbl em relação aos 9M10, em função da entrada em operação de novos sistemas nos campos de Lula, Uruguá, Mexilhão e Parque das Baleias, com custos unitários iniciais mais elevados. Contribuiu, também, o maior número de intervenções, manutenções e paradas em plataformas e poços dos campos de Marlim, Albacora, Albacora Leste, Roncador, Golfinho e Espadarte, além do reajuste salarial concedido pelo Acordo Coletivo de Trabalho de 2010 e do provisionamento do reajuste proposto em 2011 (em negociação). O aumento do preço de referência do petróleo nacional contribuiu para o acréscimo de R$ 9,83/bbl no custo de extração, incluindo participações governamentais.

No 3T11, o custo de extração no país, sem as participações governamentais, foi negativamente impactado em consequência da menor produção em função de paradas não programadas, além do efeito cambial e maiores gastos com o ACT 2011/12. O custo de refino no país, no comparativo 9M11 vs 9M10, elevou-se em R$ 0,92/bbl devido aos maiores gastos com materiais utilizados na melhoria da qualidade dos combustíveis, com pessoal, conservação e reparos técnicos.

Fluxo de Caixa da Companhia – Os recursos gerados pelas atividades operacionais cresceram 12% em relação aos primeiros nove meses de 2010, alcançando R$ 42 bilhões 522 milhões. Esse montante, adicionado à captação líquida de R$ 10 bilhões 803 milhões, suportou os investimentos e o pagamento de dividendos, mantendo elevada liquidez no período, com disponibilidades ajustadas alcançando R$ 55 bilhões 49 milhões em 30.09.11. O endividamento líquido da Companhia aumentou em relação a 31.12.10, em decorrência de captações de longo prazo e do impacto da depreciação de 11% do real frente ao dólar. A alavancagem e a solvência da Companhia mantêm-se em patamares sustentáveis e dentro dos limites estabelecidos.

Contribuição econômica da Petrobras – “A contribuição econômica da Petrobras, medida por meio da geração de impostos, taxas e contribuições sociais correntes, totalizou R$ 58 bilhões 27 milhões. O aumento de 31% no preço de referência do petróleo nacional, de R$ 122,01/bbl (US$ 68,55/bbl) para R$ 160,10/bbl (US$ 98,27/bbl) na comparação 9M11 vs 9M10, levou a um acréscimo das participações governamentais. No trimestre, houve redução das participações governamentais no país em função do decréscimo de 2% no preço de referência do petróleo nacional, que alcançou R$ 161,63/bbl (US$ 99,09/bbl) contra R$ 165,55/bbl (US$ 103,82/bbl) no 2T11”, conclui Barbassa.

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