Geraldo Motta, do 'INTO', tomou posse na presidência da SBOT

O ortopedista carioca Geraldo Motta Filho recebeu, neste domingo, o medalhão de presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT, em solenidade que ocorre durante o 43º Congresso da entidade, no Expo Transamérica, de São Paulo.

O novo presidente, que é o diretor-geral do Instituto Nacional de Ortopedia e Traumatologia - INTO, onde é médico de carreira, sucede no cargo ao ortopedista gaúcho Osvandré Lech, que comandou a entidade durante o corrente ano.

Para Geraldo Motta, a entidade que assume é uma sociedade inteiramente consolidada, respeitada internacionalmente e que vem desempenhando suas missões. Entre as quais destaca a Educação Continuada, que permite aos ortopedistas brasileiros estar plenamente capacitados e oferecer a seus pacientes uma Medicina de ponta, que se situa em nível de igualdade com aquela com que contam os países mais desenvolvidos.

As preocupações do novo presidente se centram na prevenção, já que os traumas decorrentes de acidentes se avolumam no Brasil, e trauma ortopédico do ombro e cotovelo é justamente sua área de eleição, mas também no relacionamento do médico com as empresas de seguro-saúde e com a baixa remuneração pelos procedimentos médicos.

No entender de Geraldo Motta, é atribuição do médico a escolha do tratamento, da cirurgia ou do implante para seu paciente, como é direito do especialista receber remuneração adequada que permita, inclusive, que continue a estudar. “O que é vital numa área da Medicina que vive constante evolução e permanentemente agrega novos recursos, procedimentos e medicamentos”, completa.

Envolvimento associativo - O novo presidente, cuja equipe assume administrativamente a 12 de janeiro, início do ano fiscal, tem 25 anos de trabalhos associativos. Fez residência no "Royal National Orthopaedic Hospital", da Universidade de Londres. No Brasil, presidiu a Regional do Rio de Janeiro da SBOT, o Comitê Brasileiro de Trauma Ortopédico, a Comissão de Educação Continuada, cargo que explica a grande atenção que dá à capacitação do Ortopedista e foi tesoureiro da SBOT, além de ter assumido outras missões.

É defensor da maior inserção da Tecnologia da Informação no exercício da Medicina e salienta a diversidade das várias regiões brasileiras, o que o leva a defender soluções descentralizadas. "Uma solução para São Paulo e Rio pode não ser adequada para o Interior do Rio Grande do Sul, que por sua vez, vive realidade diversa daquela das cidades mato-grossenses", diz.

Essa visão de que a Ortopedia pede soluções descentralizadas, faz com que o novo presidente enfatize a necessidade de apoio de toda a categoria, tanto para fornecer subsídios como para discutir as propostas. Para ele, os problemas dos ortopedistas só serão resolvidos à medida em que haja um efetivo envolvimento dos médicos de todos os Estados na discussão e na busca dos caminhos a serem escolhidos.

Apesar da grande bagagem científica que acumulou, como autor inclusive de dezenas de artigos publicados nas revistas internacionais indexadas, Geraldo Motta quer muito ouvir e registrar as demandas de seus pares, para que a SBOT seja gerida de forma efetivamente participativa.

Entre os trabalhos científicos que publicou, conta-se "Ortopedia para Clínicos", "Artroplastia minimamente invasiva do joelho", "Critérios de retorno à atividade esportiva", "Rigidez pós-traumática do cotovelo", "Pseudartrose da clavícula", "Transferências tendinosas para o tratamento da paralisia radial", fez também estudos multicêntricos e foi o tradutor de dois volumes do livro "Cirurgia Ortopédica de Campbell", entre muitos outros trabalhos.

.[ 43º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia, de 13 a 15 de novembro de 2011 (domingo a quarta-feira), no Transamérica Expo Center – São Paulo – SP, Rua Dr. Mario Villas Boas Rodrigues, 387 – acesso pela Av. das Nações Unidas (Marginal Pinheiros), 1891. www.cbot2011.com.br].