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16/11/2011 - 09:21

Alacero procura reverter a desindustrialização na América latina

Rio de Janeiro - A Associação Latino-Americana do Aço (Alacero) alertou sobre a necessidade de se estabelecer uma agenda institucional com os governos, para reverter o processo de desindustrialização que atinge os principais produtores de aço da região e unir esforços para a recuperação dos setores industriais afetados pela entrada de produtos importados da China.

A declaração foi feita para cerca de 900 representantes da indústria latino-americana do aço que estiveram de 13 a 15 de novembro (domingo a terça-feira), reunidos no 52º Congresso Latino-Americano do Aço, no Rio de Janeiro, debatendo oportunidades e desafios da indústria em um contexto de “alta incerteza e profundas mudanças estruturais evidenciadas na turbulência dos mercados financeiros provocada pela crise financeira que afetou os países da União Europeia e a desaceleração da economia na China e no sudeste asiático”.

Daniel Novegil, Presidente da Associação, destacou que entre os principais temas tratados estiveram “os altos níveis de exportação de produtos chineses com alto conteúdo de aço para a América Latina, especialmente para o Brasil, México, Argentina e Colômbia, o que representou cerca de US$ 60 bilhões em produtos metalmecânicos provenientes do país asiático, contra US$ 2 bilhões de nossas manufaturas colocadas nesse mercado, o que representa uma relação de 30 a 1. Nos preocupa o impacto na nossa cadeia de valor, em que pequenas e médias empresas perdem empregos qualificados”.

Apesar disso, foram ressaltadas projeções otimistas para a região. Segundo estimativas da Associação, a América Latina terá aumento no consumo de aço para 2012 de 20% desde 2007, enquanto nas economias desenvolvidas não deve alcançar os níveis pré-crise de 2007.

Nesse contexto, Alacero também destacou a possibilidade de aproveitar as oportunidades nas economias emergentes que figuram como líderes do processo de recuperação econômica, enquanto os países desenvolvidos enfrentam dificuldades com baixos índices de crescimento e baixa criação de emprego.

“Consideramos relevante identificar uma agenda regional com medidas concretas para defender nossos mercados e potencializar nossas vantagens comparativas e competitivas”, disse Novegil.

Alacero informou que fará, a curto prazo, um estudo sobre o impacto na quantidade e qualidade de empregos perdidos como consequência das importações de manufaturas intensivas em aço para a América Latina.

Perfil-Alacero (Associação Latino-Americana de Aço) é uma associação constituída por 51 empresas pertencentes à cadeia de valor do aço, produzindo cerca de 70 milhões de toneladas por ano, representando 95% do aço produzido na América Latina. Alacero promove os valores da integração regional, a inovação tecnológica, a excelência em recursos humanos, responsabilidade corporativa e sustentabilidade social e ambiental.

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