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17/11/2011 - 08:55

A luta contra a DPOC

Incentivar o combate ao tabagismo e ampliar o acesso ao tratamento adequado são fundamentais para barrar a progressão da doença pulmonar obstrutiva crônica.

Causa da morte de 40 mil brasileiros por ano, a DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica – é um dos problemas respiratórios que mais afetam a qualidade de vida dos pacientes. Em estágios avançados, a doença limita hábitos rotineiros como subir escadas, tomar banho e até falar, além de levar os pacientes a internações frequentes ocasionadas pelas exacerbações, crises caracterizadas por tosse, produção de catarro e falta de ar.

A boa notícia é que cada vez mais as doenças crônicas não transmissíveis, como a DPOC, o câncer, o diabetes e a hipertensão, são foco de programas de saúde que visam barrar sua progressão. Essa iniciativa é primordial, visto que as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são a causa de 72% dos óbitos não violentos entre brasileiros com menos de 70 anos. Elas matam, anualmente, cerca de 36 milhões de pessoas no mundo, além de exercerem uma pressão econômica nos sistemas público e privado de saúde.

Por tudo que acarretam, as DCNTs foram tema de uma das reuniões da Confederação da ONU, realizada em Nova Iorque, em setembro. No encontro, representantes de diversos países, incluindo o Brasil, discutiram políticas públicas de combate a essas doenças, como acesso a medicamentos eficazes a toda a população e programas de combate a fatores de risco, como consumo abusivo de álcool, inatividade física, alimentação não saudável e tabagismo.

Diversas dessas medidas podem contribuir para diminuir a incidência da DPOC entre os brasileiros, em especial o combate ao tabagismo. O cigarro é responsável por 90% dos casos de DPOC, que se manifesta pela associação do enfisema pulmonar com a bronquite crônica e afeta principalmente fumantes ou ex-fumantes com mais de 40 anos.

“Cessar o tabagismo é o primeiro passo para controlar a progressão da DPOC e restabelecer a saúde dos portadores da doença, que sofrem com sintomas como falta de ar e tosse”, afirma o Dr. Roberto Stirbulov, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Após a cessação do tabagismo, recomenda-se um tratamento multidisciplinar, estruturado em quatro pilares: reabilitação pulmonar, terapia medicamentosa, oxigenioterapia e suplementação alimentar, dependendo do estágio da doença.

No caso da terapia medicamentosa, o acesso aos broncodilatores pelos pacientes é fundamental para o controle da doença. Esses medicamentos promovem a broncodilatação sustentada das vias aéreas, proporcionam a melhora dos sintomas, ampliam a tolerância às atividades diárias e aos exercícios físicos, além de reduzirem as crises que o paciente com DPOC tem constantemente. Broncodilatadores de longa duração estão entre os medicamentos recomendados pelo Consenso Brasileiro de DPOC para tratar a doença.

Entre as iniciativas discutidas na ONU para o controle das doenças crônicas estão políticas públicas que ampliem o acesso a medicamentos por toda a população. No caso da DPOC, já é possível obter tratamento gratuito e multidisciplinar na rede pública de saúde em alguns estados brasileiros como São Paulo, Bahia, Espírito Santo e Ceará.

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