Desenvolvida na Suécia, a ISO 26000 identifica e regulamenta a Responsabilidade Social

Tendo como mentor, o SIS (Swedish Standard Institute), profissionais brasileiros foram até a Suécia conhecer um pouco mais sobre o que tange este Guia de Orientações para as empresas.

Em recente visita ao SIS (Swedish Standards Institute), em Estocolmo na Suécia, os especialistas brasileiros Fernando e Ana Paula Arbache conheceram um pouco mais dos trabalhados desenvolvidos na elaboração da ISO 26.000.

Devido a uma longa história de sucesso e cooperação entre empresas suecas e brasileiras, governos e pessoas, o Brasil e a Suécia foram responsáveis pelos trabalhos referentes à elaboração desta norma. Já que desde o início estavam engajados nas discussões da ISO 26000, voltada para a Responsabilidade Social.

Compreendendo os benefícios e desafios que esta norma trará quando adotada por uma organização, a ISO 26000 identificará e normatizará a responsabilidade social. Padrões podem transformar o mundo e simplificá-lo. Saber exatamente como funciona os instrumentos de um carro, os controles de um eletroeletrônico, ou qualquer outro produto, sem a necessidade da leitura de um manual é a consequência do uso de padrões. Portanto o padrão é uma ferramenta fundamental para a humanidade.

“A falta de um Guia de Orientações leva as empresas a produzirem sem um padrão, o que resulta em grande prejuízo para a sociedade. A normatização, quando adotada, traz benefícios para o mercado e para o cidadão, pois a mesma torna os processos menos empíricos, tendo como resultado produtos mais confiáveis, previsíveis, minimizando erros e problemas. Quando se fala de um Guia de Referências que tem como fio condutor a responsabilidade social, a importância dela se torna ainda maior” – resume Arbache.

Mas afinal, e o que vem a ser a Responsabilidade Social e como ela afeta a “produtividade das empresas”? A ideia de responsabilidade social incorporada aos negócios é relativamente recente. Com a crescente crise de confiança nas empresas instaladas nos países, ao longo da última década, devido à sucessão de escândalos no centro nervoso do capitalismo mundial, o futuro da economia global passou a ser discutido.

Os princípios da responsabilidade social englobam a prestação de contas, a transparência, o comportamento ético, o respeito pelos interesses das diversas partes envolvidas, pelo Estado de Direito, pelas Normas Internacionais de Comportamento e pelos Direitos Humanos.

A cultura organizacional e o papel da mídia como fiscalizadores de tais conformidades se tornam imprescindíveis. Para isso, é necessário mudar a cultura empresarial e a ISO 26000 passa a ser o novo direcionamento para esta mudança, normatizando processos e formas de implantar a Responsabilidade Social em diferentes setores.

Estas foram algumas das lições que os professores Fernando e Ana Paula Arbache aprenderam no período que ficaram alocados dentro do SIS (Swedish Standard Institute) mentor da ISO 26.000, e que pretendem trazer para o Brasil, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Fernando Arbache -Presidente da Arbache Consultoria, Fernando é Doutor em Sistemas de Informação (COPPE/UFRJ), pesquisador em simulação, jogos de negócios e Inteligência de Mercado; responsável pelo desenvolvimento de sistemas de novas tecnologias em CRM, ERP, e-learning e Business Intelligence. Além disso, é autor do livro Logística empresarial, da editora Petrobras, e Gestão de Logística, Distribuição e Trade Marketing, da Editora FGV. [www.arbache.com.br e www.arbache.blogspot.com ].

Ana Paula Arbache - Doutora em Educação pela PUC/SP também é docente dos cursos de MBA Gestão Empresarial da FGV e BSP, além de ser orientadora e avaliadora dos cursos de pós-graduação Lato Sensu da mesma instituição. Sócia diretora da Arbache Consultoria é responsável pelas ações de Gestão de Pessoas, Cidadania Corporativa, Sustentabilidade Ética, Social e Ambiental. É autora das publicações: O Educador de Pessoas Jovens e Adultas numa perspectiva multicultural crítica e Projetos Sustentáveis: estudos e práticas brasileiras I e II e também ministra palestras nacionais e internacionais a respeito do tema.