Eventos esportivos são alavancas para o desenvolvimento de cidades

Sócio e consultor da PwC Hazem Galal afirmou na CIC que Copa do Mundo e Olimpíadas são oportunidades para investimentos estruturais no Brasil.

O sócio e consultor da PwC Hazem Galal falou sobre desenvolvimento de cidades na reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) do dia 16 de novembro (quarta-feira). Segundo ele, as expectativas mundiais sobre o Brasil são altas em função da Copa do Mundo e das Olimpíadas que o País receberá nos próximos anos, porém resta saber se a visibilidade será positiva ou negativa. Galal salientou que os eventos esportivos oferecem oportunidades para melhorar a infraestrutura e resolver problemas crônicos, como mobilidade urbana e saneamento, áreas que estão recebendo a maioria dos investimentos.

O consultor de empresas reforçou que os eventos oferecem às cidades brasileiras uma chance para catalisar o desenvolvimento sustentável aproveitando as experiências de outras cidades e melhores práticas. Para ele, os objetivos e benefícios esperados com os eventos esportivos são “diversificação da economia, foco em setores que agregam valor, atração de novos eventos, inovação, desenvolvimento regional, melhoria das condições sociais e criação de empregos”.

Galal classifica as cidades em quatro estágios, de acordo com as políticas e o desempenho delas: cidade que “dorme”, cidade que “sonha”, cidade “aventureira” e cidade do futuro. O consultor resumiu que, para se tornar uma cidade do futuro, é preciso pensar a gestão da cidade a partir de uma análise macroeconômica, com visão estratégica de longo prazo.

Ele defende que os objetivos devem estar bem definidos para priorizar os investimentos e fazer a gestão da marca da cidade. Galal sugere também que parcerias com o setor privado devem ser uma das estratégias. Além disto, ele julga que é necessário que o plano tenha continuidade, independentemente de mudanças na gestão política.

Questionado sobre a limitação de orçamento das prefeituras, Galal argumentou que medidas criativas podem gerar recursos e que é preciso pensar em fontes não-convencionais de receita.

Quanto à cidade, o consultor mostrou-se impressionado pelo pouco que pode ver. Disse que Caxias do Sul tem vocação para o turismo de negócios e poderia servir de base para atrações neste setor, o que pode gerar oportunidades de turismo de lazer para as cidades do entorno. “A Serra é mais bonita do que qualquer parte do Brasil. Está claro que falta divulgação. Mas antes é preciso se preparar na qualificação dos profissionais do setor e nos hotéis”, opinou.

O presidente da CIC, Milton Corlatti, entregou uma placa ao sócio e responsável pelo escritório da PwC em Caxias do Sul, Fábio Abreu, em comemoração aos cinco anos da instalação de um escritório da organização na Serra Gaúcha. [www.cic-caxias.com.br].