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01/09/2007 - 08:27

Autismo – prevenção através de um diagnóstico precoce

Dia 15 de setembro, Dr. Lúcio Lima, vice-presidente da Associação Psiquiátrica do Estado do Rio de Janeiro, estará participando do Simpósio Neurociência do Desenvolvimento Normal e das Psicopatologias Infanto-Juvenil organizado pela APERJ, no Instituto Philippe Pinel. Na ocasião ele levará o assunto para debate com profissionais de saúde presentes.

Crianças com dificuldades de falar e brincar com os colegas, que vivem sempre isolados, que parecem surdos ou excitados, que têm um olhar estranho e vago e que não aceitam mudanças na rotina, podem ser fortes candidatas a terem o que popularmente se chama de autismo, problema que afeta até 2% da população.

Dr. Lúcio Lima, vice-presidente da Associação Psiquiátrica do Estado do Rio de Janeiro / APERJ explica que o autismo é um sintoma que resulta de vários transtornos de desenvolvimento. “Uma criança chamada de autista pode ser desde aquele conhecido por esquisito, que prefere ficar em casa desvendando um problema no computador ao invés de sair com os amiguinhos, até os que ficam em isolamento total e não falam. Há os que decoram listas enormes, como catálogos telefônicos, por exemplo, mas não conseguem entender uma piada, nem figuras de linguagem”, comenta o psiquiatra.

Diagnóstico precoce é fundamental - Dr. Lúcio, especialista em crianças e adolescentes, diz que o autismo não tem causas conhecidas e não tem cura. Portanto, a principal preocupação é o diagnóstico precoce, pois os primeiros sinais de anormalidade podem aparecer em bebês.

Ele informa ainda que “bebês com Transtorno Invasivo de Desenvolvimento, onde se enquadra o Autismo, são crianças que não interagem com as mães quando são amamentados, que não gostam e não relaxam quando são colocados no colo, não gostam de abraços, não olham os adultos diretamente nos olhos, parecem surdos no berço, não apontam o que querem, não se mexem quando os pais entram no quarto, são quietos ou muito birrentos - têm reações desproporcionais ao contato social. Estas crianças necessitam de um acompanhamento contínuo junto com seus pais, pois apesar de não se poder ter, ainda, a máxima certeza de um diagnóstico definitivo com esta idade, já se pode começar a tentar minimizar as dificuldades futuras”.

Um bebê que apresente alguns desses sintomas, sendo examinado por um pediatra experiente e acostumado aos transtornos do desenvolvimento, que o encaminhe logo à um serviço de saúde mental para que a família e a criança possam receber um acompanhamento psíquico, para que seu desenvolvimento seja mais harmonioso, sem tantas seqüelas.

Ele aconselha que o ideal seria que todo serviço de Maternidade deveria contar com uma equipe de Saúde Mental apta a suspeitar deste diagnóstico. E, em seguida, a encaminhar para os profissionais que lidam com este tipo de crianças. Sabemos que os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento são casos crônicos, que tornam as pessoas, no futuro, dependentes. “Quanto mais cedo for o diagnóstico e o início do tratamento, que possam ajudar em seu desenvolvimento, com certa independência apesar da constante supervisão familiar”, afirma o médico.

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