Debate marca lançamento de livro sobre direito internacional dos refugiados

No dia 23 de novembro (quarta-feira),será lançado, na Sala da Congregação da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Largo São Francisco, 95 – 1º andar), das 17h às 19h, a coletânea “60 anos do ACNUR: perspectiva de futuro”. O encontro contará com um debate entre Gilberto Rodrigues, professor da Faculdade Santa Marcelina; André de Carvalho Ramos, professor da Faculdade de Direito da USP; Guilherme Assis de Almeida, professor da Faculdade de Direito da USP; e Andres Ramirez, representante do ACNUR (Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados). A mesa será presidida por Antonio Magalhães Gomes Filho, diretor e professor titular de Processo Penal da Faculdade de Direito da USP.

Dentre os debatedores, Rodrigues, Ramos e Almeidas são os organizadores desta coletânea.

Os refugiados no mundo-O relatório Tendências Globais 2010, do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), mostra que atualmente existem 43,7 milhões de pessoas deslocadas no mundo inteiro –número equivalente à população de países como Colômbia e Coreia do Sul.

O documento, divulgado recentemente, revela um grande desequilíbrio no apoio internacional às pessoas que foram forçadas a se deslocar. Mostra que 80% dos refugiados foram acolhidos por países em desenvolvimento, no momento em que cresce o sentimento anti-refugiado em muitas das nações industrializadas.

O estudo aponta que muitos dos países mais pobres abrigam grande número de refugiados, seja em termos absolutos ou em relação ao tamanho de suas economias. Paquistão, Irã e Síria têm as maiores populações de refugiados, com 1,9 milhão, 1,07 milhão e 1,005 milhão, respectivamente.

O Paquistão sente o maior impacto econômico desta situação, com 710 refugiados para cada dólar do seu PIB per capita. Em seguida, vem a República Democrática do Congo e o Quênia, com 475 e 247 refugiados por dólar/PIB per capita, respectivamente.Comparativamente, a Alemanha – país industrializado com maior número de refugiados (594 mil pessoas) – tem 17 para cada dólar/PIB per capita.