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23/11/2011 - 11:05

Pernambuco na era da construção sustentável

Obras utilizam sistemas a seco com materiais recicláveis, dispensam concreto e tijolo, reduzem resíduos e ficam prontas em um terço do tempo.

Obras em um terço do tempo médio, mais econômicas e ecologicamente sustentáveis. Não surpreende que, com esses diferenciais, a construção a seco venha conquistando cada vez mais adeptos. Em Pernambuco, a MetalShop, indústria metal-mecânica especializada sistemas de armazenagem, passou a apostar na nova tecnologia. Os sistemas construtivos que dispensam o uso de concreto e tijolo já conquistaram a preferência de empreiteiras como a Incorporadora Bonanza, a Ecolar e a Carrilho.

A MetalShop voltou a atenção para esse novo filão do mercado após fornecer seus produtos para a montagem de estruturas de escritórios de construtoras na Refinaria Abreu e Lima, no Complexo Portuário de Suape. O sucesso culminou com o surgimento de um novo braço da empresa, a MetalFrame, que fabrica perfis de aço galvanizado para Light Steel Framing e Drywall (sistemas de construção a seco), amplamente difundidos nos Estados Unidos, no Japão e nos países da Europa.

Por enquanto, o negócio está no início e representa 5% da produção da MetalShop, mas a expectativa é alcançar o percentual de 40% em três anos. “Vislumbramos um grande crescimento desse mercado”, afirma o diretor comercial Fernando Montenegro. “Começamos a produção com apenas uma máquina de perfilamento de aço e já adquirimos mais três, mesmo sem ter volume de vendas por enquanto”.

O sistema de construção a seco possui muitas vantagens, começando pela minimização de resíduos, em uma obra planejada na qual todo material utilizado (aço, gesso e placa de cimento) é reciclável. O acabamento fica a gosto do cliente: o revestimento interno pode ser feito em gesso e o externo, em cimento, madeira ou cerâmica.

Em Moreno, na Região Metropolitana do Recife (RMR), mais de 30 casas já foram erguidas com o sistema da MetalShop, calcula o proprietário da Incorporadora Bonanza, Sávio Neiva. “Só construímos com esse sistema, sejam obras comerciais, industriais, galpões ou residências”, afirma. “O mundo todo opta por essa construção ecologicamente correta, no Sul e no Sudeste do Brasil também vemos com frequência edificações a seco”.

O empresário observa que, na região Nordeste, a cultura da utilização do tijolo e da cal ainda é muito forte, mas está começando a mudar. “É um sistema que só tem vantagens: levamos de 20 a 30 dias uma casa de 100 a 150 m², numa obra limpa, tranqüila e rápida”, resume Sávio Neiva. “Estamos construindo um condomínio na BR-232, o Haras Bonanza, em que todas as casas de até 300 m² são feitas a seco”.

Cnstrução a seco-O Drywall (do inglês “muro seco” ou “parede seca”) é uma técnica de revestimento que substitui paredes e forros construídos em alvenaria. A tecnologia do material consiste em placas pré-moldadas, confeccionada por chapas compostas de camadas de enredados de aço galvanizado e de gesso. Desse método resulta uma estrutura resistente, porém leve, lisa, de fácil manuseio e instalação, com paredes que pesam apenas um quinto (30 kg) do que pesariam as construídas com alvenaria convencional (150 kg).

Já o Light Steel Framing é um sistema construtivo estruturado em perfis de aço galvanizado formados a frio, projetados para suportar as cargas da edificação e trabalhar em conjunto com outros subsistemas industrializados, de forma a garantir os requisitos de funcionamento da edificação. Apresenta ótima resistência a incêndio, pois é revestido por placas de gesso acartonado, material com elevada resistência ao fogo e ótimo desempenho contra corrosão.

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