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01/09/2007 - 09:16

China: uma ameaça a indústria têxtil brasileira?

Importações do país asiático será tema de debate durante o 5º Encontro Brasileiro de Logística Têxtil.

Se por um lado a desvalorização do dólar favorece as importações, por outro, fatores como a necessidade de meses de antecedência para comprar e dificuldades para a inspeção da qualidade dos produtos, colocam em dúvida até onde importar da China, um dos maiores produtores de têxteis e vestuário do mundo, é um bom negócio para o varejista têxtil brasileiro.

O setor têxtil está entre os mais prejudicados pelo crescimento desenfreado da economia chinesa para exportações. De acordo com pesquisa recentemente divulgada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), 6% das empresas nacionais deixaram de vender seus produtos para o exterior. No mercado interno, 52% das empresas perderam clientes. Nas importações, no entanto, de acordo com dados da Abeim (Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Materiais Têxteis e Vestuário), o volume consumido de produtos importados no País representou apenas 3,4% do consumo total em 2006. Mas o número que parece baixo representa 37 mil toneladas e US$ 347 milhões que poderiam ser destinados à indústria têxtil nacional.

Para Daniel Mayo, do Clube de Logística Têxtil, o varejista sempre tem como primeira opção o fornecedor local, que oferece vantagens como menor prazo de entrega. O que o leva a optar pelas importações da China é principalmente o custo menor. “Para comprar os produtos chineses há diversos problemas como a programação com meses de antecedência, a inspeção da qualidade da mercadoria, velocidade de respostas às necessidades do mercado alem das barreiras de importação”, explica. Para Mayo, ao mesmo tempo em que as importações da China ameaçam o setor surgem oportunidades. “O dólar baixo favorece as importações da Ásia, mas também permite que as indústrias modernizem suas instalações com a aquisição de maquinários mais modernos ganhando competitividade. Isso é o que vem ocorrendo nos outros setores como alimentício e automotivo”, finaliza.

China: Logisticamente Viável? Qual o Limite? - 5º Encontro Brasileiro de Logística Têxtil, 19 de Setembro, das 8h às 18h. Rua Martins Fontes, 71, Centro, São Paulo/SP. Informações pelo site www.logisticatextil.com.br ou pelo telefone 0800-212887.

Clube de Logística Têxtil - O Clube de Logística Têxtil surgiu a partir da percepção de fornecedores da cadeia de que não existia uma entidade representativa para a logística no âmbito do mundo têxtil. Dentro deste pensamento foi elaborado em 2003 o Encontro de Logística Têxtil que reúne anualmente desde então profissionais da área e as principais empresas da indústria e do varejo do setor têxtil, como Lojas Renner, Marisa, Pernambucanas, Lojas Americanas, C&A, Riachuelo, Zara, Ellus, Valdac, Zoomp, Tip Top, Santista, entre outros.

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