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24/11/2011 - 09:02

Calia|Y2 participa do encerramento da Campanha dos 100 Anos do diagnóstico da Anemia Falciforme

A Agência de Comunicação Calia|Y2, representada pela Diretora de Atendimento, Regina Infante, participou no dia 23 de novembro (quarta-feira), do “Seminário Anemia Falciforme Ação e Praxis no Sistema Único de Saúde”, atividade que encerra a Campanha dos 100 anos do diagnóstico da Anemia Falciforme, promovida pela Aafesp - Associação de Anemia Falciforme do Estado de São Paulo. O evento aconteceu na Sede do Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo) e teve apoio do Ministério da Saúde(MS), Secretaria do Estado da Saúde do Estado de São Paulo, do SESC/SP, Novartis e GE Helthcare.

Na ocasião, a Regina Infante, agradeceu a diretoria da associação em poder contribuir para a divulgação da causa e afirmou que a Calia|Y2 continuará, de forma voluntária, apoiando o trabalho da Aafesp nessa ação social de conscientização da anemia falciforme.

A Diretora Técnica da AAFESP/CAPE-COREN-SP, Berenice Kikuchi, disse que o início da luta para a inclusão do teste do pezinho para a detecção da anemia falciforme no Brasil aconteceu a partir de uma experiência que teve em viagem a Jamaica e tomou conhecimento que naquele País o diagnóstico era realizado por meio do sangue do cordão umbilical. Foi então que concluiu que o diagnóstico poderia ser realizado no teste do pezinho. No Brasil, foi uma longa caminhada para viabilizar essa forma de diagnóstico. Em 98, São Paulo e Minas Gerais conseguiram implantá-lo. “A Aafesp foi protagonista dessa história. A população negra era a que mais morria devido a anemia falciforme. Mas vencemos. A nossa luta começou de baixo para cima até chegar a ser Política de Estado. Mas temos muito trabalho pela frente”, afirma Berenice.

Segundo ela, as pessoas com anemia falciforme tem direito a vida, precisam do diagnóstico precoce e direito as medicações e ao tratamento. Essa doença atinge, principalmente, a população negra, que está no rodapé da pirâmide social.

Participou, também, do evento a Secretária do Programa de Triagem Neonatal do Estado de São Paulo, Carmela Magguzzo Grindeler que destacou que pacientes com anemia falciforme tem atendimento preferencial no Estado de São Paulo. Integraram a programação do evento, Dra. Paula Zamaro, Biomédica Doutora e Professora da UNESP, que abordou o tema: Ampliando a prática na identificação das hemoglobinas variantes a professora Enfermeira Shirley Nunes dos Santos, que palestrou sobre o tema: Comunicação e suporte a família na rede de assistência, entre outros.

Case de Cura - A programação contou com a presença também de pacientes que receberam transplante de medula óssea e hoje estão “curados” da Anemia Falciforme. Uma das histórias é da paraense, Sônia Dias de Paiva, que desde os seis meses sofre as consequências da anemia falciforme. As dores nos ossos, articulações e músculos impediam que ela tivesse uma vida normal. Ficava sempre internada e tinha uma vida sem qualidade. Desde pequena recebeu tratamento direcionado para quem possui reumatismo pois, na época, não havia o teste do pezinho. Durante onze anos de sua vida consumiu medicamentos direcionados a quem possui reumatismo, o sulfato ferroso. “Esse medicamento não é ideal para quem possui anemia falciforme. Aos 11 anos, uma dentista incomodou-se com minha palidez e encaminhou-me para a avaliação de um hematologista – que, felizmente, diagnosticou a anemia falciforme” , diz Sonia.

“Como a minha médica conhecia a Dra Belinda Simões tive a oportunidade de fazer o transplante de medula óssea e hoje estou curada da anemia falciforme. Não sinto mais dor. Os meus exames não acusam mais a doença. Eu renasci”, conta Sônia.

Anemia falciforme – 100 anos – A descoberta do diagnóstico da Anemia Falciforme teve início em 1910, porém apenas em 2010 o governo oficializou a obrigatoriedade do exame do pezinho no diagnóstico da Anemia Falciforme. Trata-se de uma doença hereditária. É resultado de uma modificação genética que no lugar de produzir o pigmento chamado hemoglobinaA, dentro dos glóbulos vermelhos ou hemáceas, produz outro denominado S. Assim, a doença falciforme é a denominação usada para caracterizar uma doença causada pela presença de HbS nos glóbulos vermelhos de um indivíduo.

Esta doença, originária principalmente das regiões do congo, do Senegal e Nigéria, foi trazida para o Brasil pelas imigrações forçadas de cativos africanos durante o período de escravismo no Brasil. Dadas as histórias etnográficas do povo brasileiro, o gene que determina esta doença difundiu-se na população brasileira apresentando, hoje, índices regionais variando entre 2% a 6% da população. Existem 10 milhões de portadores assintomáticos no Brasil. A doença ainda é pouco conhecida pela população e pelos profissionais de saúde. O desconhecimento agrava a situação, produz diagnósticos errados e, por vezes, tardio sendo uma das causas de mortalidade precoce ou agravamento das condições de saúde. (Dados Prof. Dr. Henrique Cunha Jr.)

Em 2005, foi estabelecida a política nacional de Atenção Integral às pessoas com doenças falciforme, que faz parte da Política nacional de Atenção Integral à Saúde da população Negra.

Nos adultos, o exame indicado para diagnóstico é o eletroforese de hemoglobina e a detecção do Traço falciforme. [ www.aafesp.org.br].

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