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24/11/2011 - 10:01

Firjan faz diagnóstico do comércio exterior fluminense

Pesquisa com empresas do estado do Rio de Janeiro aponta principais entraves para exportações e importações.

Burocracia alfandegária, problemas de infraestrutura nos transportes e taxa de câmbio são considerados os principais entraves às exportações pelas empresas do estado do Rio de Janeiro. As informações são do “Diagnóstico do Comércio Exterior Fluminense”, pesquisa feita pelo Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) para verificar o perfil das empresas que atuam no comércio exterior e os principais empecilhos a serem superados para uma maior inserção do Brasil no mercado internacional.

Os dados são referentes a 2010, quando o Rio de Janeiro passou a ocupar a terceira posição entre os maiores estados exportadores do país, respondendo por 9,9% do volume das vendas externas brasileiras (era o 9º em 2000). O estado registrou números recordes no ano passado: US$ 20 bilhões de exportações, crescimento de 48,1% em relação a 2009, e US$ 16,6 bilhões de importações, incremento de 43,1% no mesmo período de comparação.

Fizeram parte da pesquisa 301 empresas de 27 setores representativos da economia fluminense, como serviços, metalurgia e comércio. Ao serem questionadas sobre quais os três principais entraves às exportações em ordem de importância, 25,1% das empresas indicaram a taxa de câmbio como o empecilho mais relevante. Em seguida, os empresários citaram a burocracia alfandegária (21,2%) e problemas de infraestrutura portuária, aeroportuária e rodoviária (9,5%).

Sobre os entraves que devem ser combatidos de forma prioritária pelo governo, a burocracia alfandegária (26,3%) e a taxa de câmbio (21,8%) foram novamente os mais lembrados, seguidos pelos custos tributários e dificuldade de ressarcimento de créditos (11,2%).

No caso das importadoras, a burocracia alfandegária alcançou quase um consenso ao ser citada por 99,5% das empresas como um dos três principais empecilhos. Os custos tributários foram mencionados por 67,9% dos entrevistados; custos portuários e aeroportuários por 24,4% das empresas pesquisadas e custo do frete internacional por 22,9%.

Em relação aos órgãos interventores que mais afetam as exportações, a Receita Federal do Brasil ficou em primeiro lugar, sendo citada por 68,5% das empresas. Na segunda e na terceira posição aparecem, respectivamente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, lembrado por 42,4% dos entrevistados, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por 32,1%. Os mesmos órgãos foram mencionados pelas empresas importadoras: 84,6% das empresas indicaram a Receita, enquanto a Anvisa e o Ministério da Agricultura foram apontados por, respectivamente, 43,7% e 36% das empresas importadoras.

Sobre os tributos que mais oneram a competitividade, o ICMS foi indicado por 20,3% das exportadoras, enquanto que o IPI e o PIS/COFINS foram lembrados, respectivamente, por 8,5% e 8% dos entrevistados.

Das 301 empresas pesquisadas, 73,1% têm capital exclusivamente nacional; 15% apresentam composição mista e 9% indicaram capital integralmente estrangeiro. Além disso, 78,1% não têm filial fora do país, enquanto 21,9% contam com unidades em países como Estados Unidos, Alemanha, França, Argentina e China. Vale ressaltar ainda que 55,8% delas estão concentradas na capital; 14,6% na Baixada; 9% na Região Serrana e o restante nas outras regiões do estado.

Em 2010, o comércio exterior brasileiro, assim como o Rio de Janeiro, também apresentou movimentação recorde: US$ 201,9 bilhões em exportações e US$ 181,7 bilhões em importações, um aumento de 32% e 42,3%, respectivamente, em relação ao ano anterior. Entre 2000 e 2010, o crescimento do comércio exterior brasileiro foi expressivo: 266,3% nas exportações e 225,4% nas importações, representando um aumento de 245,7% na corrente de comércio brasileira na década. No caso do Rio, o avanço foi ainda maior. Entre 2000 e 2010, as exportações fluminenses cresceram 998,1% e as importações, 234,4%, avanço de 438% na corrente de comércio do estado, no mesmo período de comparação.

Firjan - A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro é a mais antiga entidade empresarial do Brasil, com origem em 1827. Hoje reúne mais de 105 sindicatos industriais de todo o estado e possui cerca de 9 mil empresas associadas. Tem a missão de promover a competitividade empresarial, a educação e a qualidade de vida do trabalhador e da sociedade, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do Rio de Janeiro. Para isso, conta com 60 unidades em todo o estado e no Distrito Federal. O Sistema Firjan é formado por cinco entidades sem fins lucrativos, que trabalham de forma integrada: a própria FIRJAN, o SESI, o SENAI , o CIRJ e o IEL. [www.firjan.org.br ].

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