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24/11/2011 - 10:09

África inicia negociações de livre comércio

Rodada de negócios pretende aumentar mercado intraregional e impulsionar a industrialização e o desenvolvimento do continente. África do Sul será um dos países mais beneficiados.

As discussões sobre o futuro do comércio e industrialização da África para estabelecer uma zona de livre comércio (CZLC) que abrangerá 26 países ao Sul e Leste da África terão início no dia 8 de dezembro em Nairóbi (Quênia). A rodada terá três blocos comerciais envolvidos: a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), a Comunidade da África Oriental (EAC) e o Mercado Comum da África Oriental e Austral (Comesa).

O objetivo do encontro é aumentar o comércio intraregional - uma vez que o mercado se tornará muito maior e haverá mais fluxos de investimento, maior competitividade e desenvolvimento da infraestrutura de todas as regiões. Um dos efeitos possíveis – e necessários desse processo – é a industrialização e fabricação de bens de consumo.

Os países africanos enfrentarão a concorrência com outras ecomomias emergentes mais antigas e estabelecida, mas é possível que a maior amplitude do novo mercado seja um aspecto favorável, fazendo com que os produtos locais possam competir com os importados de fora da zona de livre comércio.

Com produto interno bruto de USD 1 trilhão e cerca de 600 milhões de pessoas vivendo na futura área de livre comércio, a África está no mesmo patamar de pesos pesados como a China, Índia, Rússia, Brasil, Estados Unidos e a União Européia.

.O consumo em toda a África em 2008 movimentou USD 860 bilhões e vai movimentar USD 1,4 trilhão em 2020

.Em 2040, a população em idade ativa do continente vai atingir 1,1 milhões, sendo que atualmente 43% da população é composta de menores de 15 anos.

.A urbanização promove o crescimento – a África já tem 52 cidades com mais de um milhão de habitantes, um número maior do que o da Europa. Em 2030, cinquenta por cento da população viverá nas cidades.

. O retorno da África em investimentos estrangeiros diretos é um dos mais altos do mundo.

A África do Sul, com sua economia avançada e sofisticada, é o país mais bem posicionado para tirar vantagem de um mercado em expansão. No ranking mundial elaborado pelo Fórum Econômico Mundial (FEM), o país ficou em primeiro lugar devido à força dos seus padrões de auditoria e prestação de contas e regulação das bolsas de valores. A solidez de seus bancos – que obtiveram a segunda colocação no ranking mundial – é um ativo importante nestes dias difíceis de instabilidade.

Soma-se a isso as garantias oferecidas pelo Plano de Desenvolvimento Nacional, anunciado recentemente, que estabelece o caminho a ser percorrido pelo país até 2030, deixando claro que a competitividade da África do Sul vai se tornar ainda mais forte. Com o estabelecimento da ZLC, o país terá à disposição de seus investidores um mercado que é doze vezes maior do que os atuais cinquenta milhões de clientes que atende. Como toda negociação demanda decisões, África do Sul está começando a implementar um plano para promover as políticas industriais (Industrial Policy Action Plan - IPAP) e negociações em torno da comercialização de bens manufaturados.

A ZLC também será um componente essencial para objetivar a visão dos fundadores da Organização da Unidade Africana, criada em 1963 – alcançar a União Econômica de todo o continente africano. As negociações devem ser concluídas no prazo de 36 meses.

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