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25/11/2011 - 09:21

Marítimos brasileiros paralisam navios de multinacional americana

Os marítimos representados pelo Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar) esperam que a multinacional norte-americana Seacor aceite celebrar um Acordo Coletivo de Trabalho, cujo processo se arrasta há quase dois anos, para que a categoria possa pôr fim à paralisação iniciada no último dia 14.

O movimento grevista, que paralisa nove dos 14 navios de apoio a plataformas de petróleo operados pela empresa no Brasil, foi uma resposta dos marítimos (oficiais e eletricistas) aos obstáculos impostos durante as negociações.

Na pauta de reivindicações dos marítimos estão condições específicas para o caso de gravidez da tripulante e reajustes com base no índice de inflação (medido pelo INPC) mais 3,5%. Historicamente essa era a reposição acordada pelas partes, mas, desde o ano passado, quando passou a ser representada pela ABEAM (Associação Brasileira de Empresas de Apoio Marítimo), a Seacor só aceita conceder INPC mais 1,5%.

“Tivemos quase dois anos de conversações sem avanços palatáveis. E por isso a paralisação foi inevitável, pois deixamos de acreditar no interesse da empresa em de fato buscar um acordo”, afirma Severino Almeida, presidente do Sindmar. O sindicato cumpriu a Lei de Greve (Lei 7.783/79) e tomou providências adicionais para que o movimento não afetasse a segurança das embarcações.

A Seacor, que é uma das maiores empresas de seu setor em todo mundo, emprega no Brasil cerca de 120 oficiais e eletricistas (profissionais mercantes) brasileiros e 30 estrangeiros. Cada embarcação da empresa é tripulada por cerca de 12 homens. Somente duas das embarcações têm oficiais mercantes brasileiros como comandantes.

A International Transport Work’s Federation (ITF), entidade que congrega sindicatos do setor de transporte em todo o mundo, se solidarizou com o movimento brasileiro e, em nota, manifestou que a Seacor tem pautado “sua conduta em todo o mundo por um caráter anti-sindical”, contrário às relações trabalhistas e, portanto, ao desenvolvimento de setores estratégicos.

O Sindmar encaminhou dois ofícios à Delegacia da Capitania dos Portos, em Macaé, sede da Seacor no Brasil, informando que a empresa vem burlando a lotação regular mínima de oficiais e eletricistas a bordo em várias embarcações, colocando em risco tripulantes e a própria segurança da navegação.

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