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Negócios em família duram mais tempo, diz estudo

O Rio de Janeiro possui aproximadamente 500 mil micro e pequenas empresas formais. Quase metade (45,3%) das 450 mil MPEs dos setores de comércio e serviços existentes no Rio de Janeiro são compostas exclusivamente por proprietários, sócios e/ou membros da família. No setor informal, estima-se que as empresas familiares cheguem a meio milhão.

A maioria destas empresas (65,7%) está no mercado há mais de 20 anos, enquanto 24,3% têm entre 10 e 20 anos e 10%, de 3 a 10 anos. A longevidade dos negócios administrados por famílias é a principal vantagem neste tipo de negócio: mais da metade (54,2%) já está na segunda geração (filhos) e 13,9% na terceira geração (netos). Os dados fazem parte de um estudo inédito realizado pelo Sebrae/RJ, a partir de pesquisas do IBGE e do Sebrae/Pernambuco.

O diretor-superintendente do Sebrae/RJ, Sergio Malta, destaca os três principais desafios de quem possui uma empresa familiar. São eles: profissionalização, capacitação e sucessão. A profissionalização é necessária tanto para os gestores familiares quanto para os profissionais do mercado que ocupem os cargos estratégicos.

É preciso investimento na formação e atualização permanente dos gestores em cursos e programas de desenvolvimento gerencial. Na questão da sucessão, segundo Malta, há necessidade de tratar o tema de forma objetiva e realista para preparar a nova geração de gestores.

Entre as vantagens que podem ser observadas na gestão de um negócio familiar estão o maior envolvimento e compromisso com a preservação da empresa (78,1%) e mais motivação e disponibilidade para o trabalho intensivo (49,3%).

A agilidade nas decisões (38,4%); a maior capacidade de suportar as dificuldades (38,4%) e o maior conhecimento da história da empresa (32,9%) são outros fatores importantes.

Nas empresas familiares, há ainda vantagens como mais liberdade de opinião entre os sócios (27,4%); mais relações de confiança com os clientes (27,4%) e mais fácil união e convergência na estratégia (20,6%).

A pesquisa também mostra as principais dificuldades na gestão da empresa. A principal delas é a mistura da gestão financeira (pessoal e empresarial), apontada por 58,5% dos empresários. Outros fatores que prejudicam são a inexistência de normas para entrada de familiares (38,5%); a falta de clareza das responsabilidades entre os membros da família (36,9%) e a falta de regras para remuneração/retiradas da família (35,4%).

Não discutir profissionalmente as dificuldades, só abordando-as no âmbito da família, é outro problema enfrentado por 30,8% dos membros de família. Os conflitos na família levando a diferentes abordagens na relação com o mercado (29,2%), os privilégios aos membros da família (20%) e o desrespeito à hierarquia (10,8%) são outros fatores.

A pesquisa realizada pelo Sebrae/RJ indica os fatores críticos de sucesso já presentes na empresa, com destaque para o cuidado com a imagem nas relações com clientes e fornecedores (80,9%); o respeito à hierarquia e à autoridade dos cargos (77,9%); a ocupação dos cargos por competência e capacidade (60,3%) e o espaço para discutir diferenças de posicionamento e conflitos (55,9%).

Outros fatores decisivos para o sucesso dessas empresas são a convergência em torno da estratégia para o mercado (51,5%); as regras definidas para entrada de familiares (30,9%), a existência e funcionamento regular de órgãos colegiados (26,5%) e as opções para os herdeiros fora da gestão ou fora da empresa (13,2%).

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