BNDES aprova R$ 114,5 milhões para projeto de cogeração em São Paulo

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 114,5 milhões para projeto de cogeração de energia elétrica a partir de biomassa proveniente da cana-de-açúcar. Os recursos serão repassados à Cogeração de Energia Elétrica Paraíso S.A., controlada da Rhodia Energy SAS, empresa do Grupo Solvey.

De acordo com nota divulgada pelo banco, o financiamento corresponde a 77% do custo total do projeto, de R$ 148,6 milhões. A usina terá capacidade instalada de 70 MW e estará localizada em Brotas, São Paulo, junto à Usina Paraíso. A planta usará tecnologia de produção de vapor em alta pressão, cujo volume principal será comercializado no Sistema Interligado Nacional (SIN) e também fornecerá eletricidade e vapor à Usina Paraíso.

O projeto prevê a implantação de unidade de cogeração de energia elétrica, utilizando como combustível biomassa (bagaço, palha e pontas) de cana-de-açúcar, adquirida através de contrato de fornecimento de longo prazo com a Paraíso Bioenergia Ltda, a Usina Paraíso. O contrato prevê o fornecimento de todo o bagaço oriundo da moagem de, no mínimo, de 2,5 milhões de toneladas de cana processada por ano e com recuperação de, no mínimo, 30% da palha dos canaviais.

A Cogeração Paraíso poderá vender ao mercado até 300.000 MWh/ano e contará com duas caldeiras de alta pressão, com capacidade de 175t/h de vapor d´água a 490º.

O vapor produzido acionará duas turbinas de 35 MW cada, em 13,8 kV, sendo que 16 MW serão destinados ao processamento da cana-de-açúcar; 6 MW, consumidos internamente na unidade; e 48 MW, vendidos aos mercados livre e/ou regulado.

A estimativa da Rhodia é que o projeto esteja concluído em maio de 2012. Uma parcela do financiamento concedido pelo BNDES, de R$ 570 mil, será destinada ao desenvolvimento de projetos sociais voltados para a comunidade.