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25/11/2011 - 11:27

As instituições privadas na década do Ensino Superior

O Censo da Educação Superior 2010, que acaba de ser divulgado pelo MEC, referenda o papel das instituições privadas para que mais brasileiros possam ter acesso à universidade. Conforme demonstrou o estudo, as faculdades particulares foram responsáveis por 74,2% do total de6,37 milhões de matrículas em cursos de graduação no ano passado, recebendo4,73 milhões dealunos, ante 1,64 milhão, ou 25,8%, dos estabelecimentos públicos.

Cada vez mais, como ocorre empraticamente todo o mundo, as instituições privadas tornam-se fundamentais para a democratização do acesso ao Ensino Superior, decisiva para o desenvolvimento brasileiro. Por isso, é gratificante observar que a contribuição das faculdades particulares foi decisiva para que o número de matrículas entre 2001 e 2010tenha crescido 110%.

O índice é expressivo, mas ainda aquém das necessidades do Brasil. Anualmente, formam-se cerca de dois milhões de jovens no Ensino Médio, dos quais 900 mil não ingressam na educação superior, por desestímulo, reprovação nos vestibulares ou incapacidade de arcar com as anuidades de instituições privadas. Daí o significado do Programa Universidade para Todos (ProUni), cuja eficácia já foi comprovada, considerando que, desde sua criação, em 2005, já concedeu mais de 700 mil bolsas de estudo.

As estatísticas mostram haver espaço e demanda para ampliação do programa. A concessão de bolsas é menos onerosa eapresenta resultados mais rápidos quanto à disponibilidade de vagas no Ensino Superior em comparação aos investimentos necessários para a ampliação da oferta na universidade pública. Obviamente, o ProUni deve estabelecer rígidos critérios quanto à qualidade das instituições privadas nas quais as bolsas serão concedidas. A excelência da educação ministrada precisa prevalecer como referencial para o credenciamento das faculdades.

Tal exigência é relevante para a correção de um dos problemas apontados pelo Censo da Educação Superior 2010: o crescimento de 110% no número de matrículas na década não foi acompanhado pelos índices relativos à conclusão dos cursos. Os resultados indicam, por exemplo, que praticamente não houve aumento nominal entre 2009 e 2010 no número de concluintes, que estancou em cerca de 930 mil. Considerando a expansão das matrículas, a realidade é que o total de formandos vem diminuindo em relação ao de ingressos.

Isso evidencia que a Educação Superior, pública ou privada, deve, desde o início dos cursos, estimular os alunos quanto à importância do conhecimento e de sua formação como diferencial para o desenvolvimento de carreiras bem-sucedidas. Para isso, é imprescindível a qualidade do conteúdo acadêmico, juntamente com uma visão mais pragmática epróxima do mercado de trabalho. É preciso que os alunos confiem na instituição em que estudam enquanto investimento eficaz em sua formação profissional.

O Brasil encontra-se numa conjuntura econômica de fato promissora, com um dos menores índices de desemprego de todos os tempos e falta de profissionais em vários segmentos. Há, portanto, toda uma demanda quanto à formação de nível superior. Atendê-la é a grande oportunidade de corroborar a missão do ensino como principal elemento de transformação da sociedade e condução do País a um novo patamar de prosperidade, soberania tecnológica e competitividade na economia global.

.Por: Edman Altheman, diretor das Faculdades Integradas Rio Branco, é mestre e doutor em Administração pela Universidade de São Paulo.

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