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29/11/2011 - 10:16

Pesquisa da Bridge Research aponta a percepção que a “Geração Y” tem dos bancos

Mais impacientes e imediatistas, os integrantes da “Geração Y” – pessoas com idade entre 20 anos e 29 anos – têm assumido um papel importante em protestos como Occupy Wall Street. No Brasil, a relação que essa geração mantém com os bancos é marcada pela indiferença e desconfiança. Uma pesquisa da Bridge Research aponta que os jovens brasileiros abrem contas por definição da empresa na qual trabalham ou influência dos pais. Revela também que os bancos são vistos como uma commodity; na percepção dos entrevistados, não há diferenciação no posicionamento, nem um banco “feito para eles”. A pesquisa mostra ainda que não há fortes laços com as diferentes marcas que hoje se apresentam no mercado. Os inputs comportamentais dos jovens consumidores são destaque de “Os bancos e a Geração Y”, módulo quantitativo da pesquisa “Geração Y”, desenvolvida pela Bridge Research, baseada em entrevistas pessoais com uma amostra de 670 pessoas na Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro e Grande Porto Alegre.

São Paulo, 28 de novembro de 2011 – Um número considerável de jovens inspirados no movimento Occupy Wall Street integram os protestos globais contra o sistema econômico contemporâneo. Os jovens ativistas têm em comum, além da insatisfação com a estrutura básica do capitalismo, a geração. Formada na era da web, a “Geração Y”, ou “Geração do Milênio”, é marcada pela impaciência e pelo imediatismo. Contestadores e altamente conectados, utilizam as redes sociais como instrumento para a mobilização social. Mas, como é a relação dos jovens brasileiros com os bancos? Para avaliar esse relacionamento, a Bridge Research conduziu a pesquisa “A Geração Y e os bancos”: um módulo quantitativo da pesquisa “Geração Y”, realizada com 670 pessoas na Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro e Grande Porto Alegre.

De acordo com Renato Trindade, presidente da Bridge Research e coordenador da pesquisa, o jovem brasileiro mantém uma relação de distanciamento e desconfiança do banco. “Os jovens reclamam da taxa de juros e da burocracia para abrir contas; não percebem nos bancos nenhuma ação para estreitar o relacionamento e fidelizar o cliente. Na percepção dos jovens, os bancos são vistos como uma commodity. Não há diferenciação no posicionamento entre um e outro, nem um banco feito para eles”, afirma o executivo. A pesquisa mostra também que não há fortes laços com as diferentes marcas que hoje se apresentam no mercado.

Na percepção do cliente Y, grandes bancos são associados proporcionalmente à visibilidade, ou seja, quanto maior o investimento em propaganda, maior a sensação de que se trata de um banco grande. Outros fatores são a quantidade de agências espalhadas pela cidade e o número de caixas eletrônicos. Os entrevistados apontaram como mais fortes e sólidos, os bancos Itaú e Bradesco; os estatais Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil são associados a marcas fortes, mas menores do que os bancos privados citados. O caráter internacional do HSBC, Santander, Citibank confere, na percepção da Geração Y, prestígio.

Os principais fatores para a abertura de conta corrente são: “a empresa onde trabalho abriu a conta”; “meus pais escolheram o banco”; “fácil acesso e quantidade de caixas e agências espalhadas pela cidade”; e “facilidade para abrir a conta, não houve necessidade de comprovar renda”. Na prática, a escolha não foi inteiramente do jovem – fator que tem um impacto negativo no relacionamento desenvolvido entre o jovem e a instituição financeira.

Afirmativas & percepção: “Eu penso que talvez a sociedade conseguisse viver sem vários bancos privados, só com um banco único. Todo mundo com as mesmas tarifas. Na verdade, privilegiando uns e outros com as tarifas.” | “Solução. É lá que você recebe seu dinheiro, paga as contas e fica sem mais problemas.” | “Vem uma marca, vem o Itaú na minha cabeça, mas não sei o porquê.”| “Juros. Tenho conta no Bradesco e eles cobram muito juros. Juros absurdos.” | “Acho que a palavra certa é burocracia. E eles enfiam dinheiro em cima de tudo.”| “O maior é o Itaú, ainda mais que juntou agora.”| “Bradesco é o maior. Pelo menos em todo lugar que a gente vai tem.”| “Citibank, Safra, Santander e HSBC…são bancos que têm nome, são internacionais. Você pode investir e ficar seguro.”| “Citibank é um dos maiores; também o Santander. São bancos da Europa, da América, creio que tenham um poder maior.”

Geração Y-Segundo Renato Trindade, embora sejam da mesma geração, a idade é um divisor de águas entre os Ys. Os nascidos antes de 1990 apresentam mais responsabilidade, maior estruturação de gastos, dão maior valor à visão da família e aos estudos. Os que nasceram entre 1990 e 1995, estão mais atrelados aos valores da Geração Y, têm menor estrutura de gastos e maior envolvimento com tecnologia e inovação.

“Os valores que permeiam essa geração como um todo são velocidade, liberdade, consumo, individualidade e tecnologia. Esses valores se confundem com a própria pós-modernidade desses jovens, que são impulsivos, têm baixa reflexão e são incansáveis na busca por inovação”, afirma o executivo, acrescentando que se trata de uma geração repleta de oposições – valorizam a liberdade, mas buscam e testam limites; são liberais para o consumo e novidades, mas conservadores sociais; pensam em trabalho como meio de ganhar dinheiro, mas desconhecem planos de carreira; trabalho é remuneração, mas buscam o reconhecimento rápido; pensam no aqui e no agora, mas querem oportunidades futuras; amam a internet e a tecnologia, mas não gostam da impessoalidade do atendimento eletrônico ou via e-mail.

A análise do nível escolar aponta que 84% dos entrevistados possuem alta escolaridade e 16% têm primário e ginásio (completo ou incompleto). Com relação à renda pessoal, 36% ganham de R$ 862 a R$ 1.317, enquanto 3% têm renda entre R$ 3.944 e R$ 7.556 – nessa categoria, 3% residem em São Paulo. No estudo predominam os jovens com idade entre 18 anos e 22 anos (42%) e entre 23 anos e 26 anos (25%); 23% têm idade entre 27 anos e 31 anos; 76% dos entrevistados são solteiros contra 21% de casados ou que moram com parceiros.

Pesquisas- Pesquisas sobre a Geração Y integram o trabalho permanente da Bridge Research, de estudar o comportamento das pessoas e as diferenças entre as diversas gerações frente à evolução do mercado consumidor. “É importante estar atento à evolução das diferentes gerações tecnológicas, qual o seu ponto de ruptura e como se movimentam os early adopters de novas tecnologias”, destaca Trindade. Social networking é outra área que está no radar da Bridge Research, envolvendo a Web 2.0 com os seus blogs, fotologs, wikis, twitter e o que reúne o Consumer-Generated Media, ou a informação criada e divulgada pelos próprios consumidores, com análises de impacto, imagem, credibilidade etc. “Para analisar, é essencial diferenciar essas novas tecnologias. Entre as redes sociais, por exemplo, é preciso especificar bem o que são redes de relacionamento como Orkut e MySpace, e como interagem com os sistemas de mensagens instantâneas como MSN e Messenger, uma vez que estamos falando de duas redes com finalidades distintas”, diz Trindade.

Perfil-A Bridge Research é uma empresa de pesquisa de mercado com foco na prestação de serviços de inteligência na área de tecnologia, especialmente telecom, baseada no tripé expertise, aplicação de tecnologia avançada e profundo envolvimento no entendimento da demanda dos clientes e na entrega e análise dos resultados. A Bridge é forte aliada das empresas na definição de estratégias de negócio. Ao investir no conhecimento da vida das empresas, a Bridge Research é capaz de aprofundar e particularizar o projeto de pesquisa, para que de fato reflita as necessidades de negócio. O approach diferenciado inclui o acompanhamento da pesquisa pelo cliente no decorrer do processo. O profundo conhecimento da vida das empresas e o acompanhamento do processo são valores fortemente priorizados pela Bridge Research. [www.bridgeresearch.com.br].

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