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30/11/2011 - 09:39

Aço no Brasil deve aumentar 8,4% em 2012 , aponta IABr


E produção de 23,3 milhões toneladas, estimativas ante 2011.

Em entrevista coletiva à imprensa, o presidente executivo do Instituto de Aço Brasil [IABr], Marco Polo de Mello Lopes, e o presidente do Conselho Diretor do Instituto, André B. Johannpeter, apresentaram os números do mercado do aço em 2011 e previsões para 2012.

Segundo os executivos, apesar da previsão de recorde de produção em 2011, 35,3 milhões de toneladas - impactado fundamentalmente pela operação da CSA -, este está sendo considerado um ano difícil para a indústria do aço brasileira. O Instituto Aço Brasil reviu para baixo suas previsões para 2011. O excedente de capacidade de produção de aço em relação à demanda no mundo continua alto (cerca de 500 milhões de toneladas) e também no Brasil (20,2 milhões de toneladas). O país vive, assim como outros da América Latina, o aprofundamento da desindustrialização provocada pelo aumento das importações diretas e indiretas de aço. A cadeia metal mecânica está sendo fortemente impactada. A participação da indústria manufatureira no valor agregado passou de 18,1%, em 2005, para 15,8%, em 2010. Além disso, mais de 60% das exportações da China para o Brasil são de produtos metal-mecânicos.

“Diante desse cenário, tivemos que revisar nossas previsões para baixo em 3% na produção de aço bruto para 2011”, disse o presidente do Conselho Diretor do Aço Brasil, André B. Gerdau Johannpeter.

As importações no ano em curso estão estimadas em 3,7 milhões de toneladas, queda de 37,9% na comparação com o ano passado, mas ainda significativamente acima dos níveis históricos. O consumo aparente deve ser de 25 milhões de toneladas este ano, 4,3 % a menos do que em 2010. As vendas internas devem apresentar crescimento de 3,8 % em relação a 2010, chegando a 21,5 milhões de toneladas, volume ainda abaixo do patamar alcançado pré-crise 2008. As exportações de produtos de aço no período devem totalizar 10,7 milhões de toneladas e 8,3 bilhões de dólares, representando aumento 19,4% em volume e 43,1% em valor, quando comparado com 2010.

Frente às projeções macroeconômicas do País para 2012, o Aço Brasil estima o consumo aparente de produtos siderúrgicos em 26,7 milhões de toneladas, aumento de 7,1%. “Entendemos que o mundo pós-crise é muito mais complexo e competitivo, o que torna ainda mais importante preservar o mercado interno com a correção das assimetrias competitiva e tributárias”, disse o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, ressaltando a importância estratégica do setor para a economia do país.

Dados preliminares do estudo contratado pelo Aço Brasil à Fundação Getúlio Vargas (FGV) para avaliar a importância do aço na economia brasileira indicam que a participação do setor produtor de aço no PIB do país é de 4%. Embora o setor não seja intensivo em pessoal, gera impacto em setores que o são. Para cada emprego criado na indústria do aço são gerados 23 outros na cadeia. Se o volume de importação direta de 5,9 milhões de toneladas de aço, em 2010, tivesse sido produzido no Brasil, teriam sido gerados 582 mil empregos.

Nesse cenário de incertezas, os investimentos estão sendo revistos em termos de prazos de implementação. No período pós-privatização foram investidos US$ 34,1 bilhões (1994 a 2010). O setor prevê investimentos superiores a US$ 5 bilhões por ano, mas para o efetivo início da implantação de novos projetos deve levar em conta as condições competitivas do mercado brasileiro.

De acordo com Marco Polo, o segmento está muito preocupado com a desindustrialização do país que sofre com a concorrência predatória, para virar o jogo, a cadeia produtiva não vê saída senão pelo crescimento do mercado interno e o aperto na defesa comercial. “Não há espaço para ingenuidade”, frisa o executivo. [www.acobrasil.org.br].

.Detalhes gráficos do panorama, previsões, entre outros:

. Estudo da Fundação Getúlio Vargas aponta a importância estratégica do aço na economia brasileira:

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