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30/11/2011 - 10:18

Unasul precisa fortalecer cooperação para estimular mercado de banda larga

Estudo do BID sugere que região expanda pontos de interconexão regionais e internacionais e crie marcos-regulatórios que estimulem o investimento privado.

Brasília - Os países-membros da Unasul devem aprofundar seu nível de cooperação e estimular o investimento privado para aumentar o acesso a serviços de banda larga na região, o que reduziria custos e ampliaria a base de usuários, de acordo com estudo divulgado hoje pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) durante a reunião de Ministros de Comunicação dos países da Unasul.

Embora a infraestrutura de Internet e banda-larga esteja em expansão na região, a penetração destes serviços é de apenas 7,1 linhas por cada 100 habitantes, inferior a média chinesa de 9,4 e muito abaixo do nível verificado nos países da OCDE, com média aproximada de 25.

Para que o acesso aos serviços de banda-larga se democratize, é necessário maximizar a colaboração público-privada, adotar incentivos fiscais para promover a demanda, incentivar a criação de serviços e conteúdos locais e regionais, e revisar e adequar os marcos-regulatórios a fim de aumentar o investimento privado em interconexão tanto regional como internacional e em outros tipos de infraestrutura para serviços de banda larga.

“A América do Sul poderá acelerar o seu desenvolvimento econômico se conseguir expandir o acesso a serviços de banda larga por parte da população de baixa renda e das empresas, especialmente as pequenas e médias’’, afirma Flora Painter, chefe da Divisão de Ciência e Tecnologia do BID, unidade responsável pelo estudo.”Existe uma grande oportunidade para que os países-membros da Unasul invistam em açðes coordenadas para melhorar o nivel de conectividade regional e internacional e aumentar a produção local de conteúdo, medidas que consideramos necessárias para reduzir o custo, e democratizar o acesso.”

Os países-membros da Unasul devem trabalhar para criar mais pontos de interconexão tanto a nível doméstico como regional, a fim de criar uma Rede de Conectividade Regional, o que diminuiria as distâncias para o tráfego de dados, resultando em custos menores. De acordo com dados da CEPAL, entre 75% e 85% do tráfego regional passa por Miami, incluindo o conteúdo produzido nos países latino-americanos. Em comparação, na Europa, quase todo o tráfego fica concentrado dentro de suas fronteiras.

O estudo ainda recomenda que a região expanda as interconexões com outras regiões do mundo, por meio de cabos submarinos de fibra ótica, particularmente para a América do Norte, África e Ásia, e estabeleça pontos de intercâmbio de tráfego tanto regional como internacional, medidas que também contribuiriam para uma redução dos custos dos serviços de banda larga.

“Para 2013, a capacidade instalada de fibra submarina na América Latina será aproximadamente dez vezes menor do que a capacidade da África, apesar dos paises da América Latina e o Caribe gerarem muito mais tráfego de internet devido aos seus níveis maiores de atividade comercial,” diz o estudo.

Em relação aos conteúdos locais e regionais, vale a pena mencionar o exemplo do Brasil, país no qual o sucesso do site de relacionamentos Orkut levou o Google a criar uma sede administrativa na cidade brasileira de Belo Horizonte. A experiência demonstra que a geração de conteúdo local permite maior identificação dos usuários e, em conseqüência, maior utilização.

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