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01/12/2011 - 09:25

Faturamento cai e déficit continua em plena ascensão, aponta Abimaq

Previsão é que o déficit ultrapasse os US$ 18,0 bilhões no fechamento de 2011, superando o recorde já alcançado no ano anterior. Os resultados foram apresentados pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e Sindicato Nacional da Indústria de Máquinas (Sindmaq).

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em coletiva de imprensa no dia 30 de novembro (quarta-feira), seguindo o comportamento verificado em anos anteriores, o faturamento bruto real da indústria de bens de capital mecânicos registrou, no mês de outubro, queda de 5,8% comparado com o mês anterior. O faturamento acumulado de janeiro a outubro de 2011, alcançou o resultado de R$ 67.513 bilhões, o que representa um crescimento de 11,2% na comparação com o mesmo período de 2010, não obstante esse crescimento significativo se dá sobre uma base de comparação baixa, aquém do resultado obtido em 2008.

Os setores de máquinas têxteis e válvulas tem se mostrado cada vez mais preocupante, o faturamento desses setores em 2011 ficou -48,2% e -20,8% abaixo dos valores verificados em 2010, respectivamente.Os resultados positivos foram destaques do setor de máquinas agrícolas e bens sob encomenda, os quais têm importante participação no faturamento da indústria de bens de capital e apresentaram crescimento expressivo no acumulado de 2011 na comparação com o mesmo período de 2010.

Balança comercial-O resultado da balança comercial de máquinas e equipamentos continua impactante, os déficits vêm se ampliando expressivamente ao longo dos anos, notadamente a partir de 2008, e chegou a US$ 14.668 bilhões no acumulado de 2011. Esse resultado representa um crescimento de 13,6% na comparação com o período de janeiro a outubro de 2010, e a previsão é que o déficit ultrapasse os US$ 18,0 bilhões no fechamento de 2011, superando o recorde já alcançado no ano anterior. O expressivo déficit da balança comercial se deve à elevada diferença entre os níveis de importação e exportação de bens de capital mecânicos, os quais foram de US$ 24.357 e US$ 9.689, respectivamente, no acumulado de 2011.

“O crescimento das exportações em 2011 foi influenciado, principalmente, por máquinas para logística e construção civil e infraestrutura e indústria de base, setores esses que realizam um grande volume de transações intercompany, as quais dependem apenas das políticas estabelecidas entre matrizes e suas subsidiárias. Os principais destinos das exportações são os Estados Unidos, Argentina, Países Baixos (Holanda) e México. Já o crescimento das importações foi puxado por máquinas para logística e construção civil, máquinas para bens de consumo e máquinas para a indústria de transformação, e dentre as principais origens das importações cabe destacar os EUA, Alemanha e China, sendo que esse último país ocupava a décima posição em 2004 e atualmente já é o terceiro principal em termos de valor e o primeiro em termos de quilo importado, o que ressalta o crescimento de sua participação no mercado nacional”, informa o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto.

Emprego, carteira de pedidos e NUCI- No quadro de pessoal o setor continua registrando estabilidade. A taxa de outubro foi de apenas 0,1% sobre o mês anterior, o que totaliza 263.765 empregos diretos, e nos últimos cinco meses o crescimento do emprego tem ocorrido a taxas decrescentes (quando comparado com o nível de empregos do mesmo mês do ano anterior). Esse resultado pode ser reflexo da queda expressiva de 19,8% dos pedidos em carteira, que passou de 21,8 semanas em outubro de 2010 para 17,5 semanas em outubro de 2011, e a situação se torna ainda mais preocupante quando se considera que a carteira de pedidos representa um indicador antecedente do faturamento e consequentemente do nível de empregos do setor, os quais podem se reduzir no médio prazo caso esse cenário persista.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) também tem apresentado resultados negativos, passando de 83,1% em outubro de 2010 para 81,8% em outubro de 2011, e pode ser reflexo da atual evolução da carteira de pedidos e da crescente concorrência dos produtos importados, os quais têm alcançado espaço cada vez maior no mercado nacional de máquinas e equipamentos. [www.abimaq.org.br].

• Quadro dos resultados com ilustração gráfica

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