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02/12/2011 - 10:22

Falta mão de obra para o setor de TI


Diagnóstico apresentado na Findes, mostra que 43% das empresas não cresce por falta de profissionais qualificados.

Até o fim de 2014, cerca de 31 mil vagas podem ser criadas no setor de Tecnologia da Informação (TI) no Brasil, segundo levantamento da e-commerce School. Entretanto, as empresas podem sofrer um apagão de mão de obra, já que está difícil encontrar profissionais capacitados. Diagnóstico encomendado pelo Sindicato das Empresas de Informática do Espírito Santo (Sindinfo) revelou que 43,1% das empresas atribui à falta de qualificação profissional como principal entrave ao seu crescimento.

As carências no setor de TI são mais acentuadas nas áreas de engenharia de hardware, programação e telecomunicação. “Muitas empresas têm que treinar funcionários antes de contratá-los porque o currículo das faculdades nem sempre atende as demandas do mercado. O setor está em constante evolução e por isso requer atualização contínua”, revela o presidente do Sindinfo, Benízio Lázaro.

Para o empresário da MR Consultoria e Sistemas, Roubledo Demian Gasoni, é preciso elaborar um conjunto de ações com apoio governamental e das instituições representativas do setor para valorizar a indústria de base. “Grande parte do segmento é composto por micro e pequenas empresas que precisam de sustentação para continuarem gerando emprego e renda”, disse.

Já o diretor executivo da Projeta Sistemas, Pedro Henrique Mannato Coutinho, aponta a retenção de talentos como uma das principais dificuldades. “Um profissional recém-formado ganha cerca de R$ 2 mil. O valor é alto comparado a outras profissionais, mas inferior ao de outras áreas de engenharia. Além disso, esses profissionais acabam migrando para o setor público”, analisa.

Diagnóstico- O estudo encomendado pelo Sindinfo foi elaborado pelo Ideies, com apoio do Sebrae e da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação do Espírito Santo (Assespro-ES), no 1° semestre deste ano com 342 empresas capixabas. O objetivo foi conhecer a realidade do setor de TI, além das necessidades e desafios a serem superados para promover o fortalecimento e o aumento da competitividade das empresas. Entre os principais desafios identificados estão a redução do Custo Brasil, qualificação profissional, necessidade de recursos para investimento em tecnologia e ampliar a atuação no mercado.

A pesquisa também detectou que 72% das empresas atuam no comércio. Em relação a software, 39% trabalham com desenvolvimento, seguidos por consultoria (33%) e licenciamento (29%). Para serviços, destacam-se as áreas de ensino (18%) e internet (11%), sendo que a manutenção foi o mais citado (71%). O levantamento também detectou que o setor gera 25 mil postos de trabalhos diretos e indiretos no Estado.

“Há muito que fazer, mas estamos otimistas que podermos construir um grande pólo de TI no Espírito Santo. Criação de linhas de financiamento a baixo custo, ampliar a base do mercado para outros estados e países, aproximação dos centros de ciência e tecnologia, formação de alianças estratégicas e ampliar a base de competência investindo em maior e melhor formação de pessoal, são algumas das ações que precisamos desenvolver para fazer disso uma realidade”, ressalta o vice-presidente do Sindinfo, Luciano Raizer Moura.

“Os itens levantados pela pesquisa são percebidos diariamente no mercado. Agora dispomos de um material que vai servir como norte para o setor balizar suas estratégias. Em alguns anos, precisaremos repetir o estudo para descobrir em que áreas avançamos”, conclui o diretor sócio da Vixteam, Wagner Regiani.

O estudo foi apresentado na última terça-feira (29/11), durante o 1º Encati – Encontro Capixaba da Indústria de Tecnologia da Informação, realizado no edifício Findes, em Vitória. Além de profissionais do setor, participaram representantes de instituições como Ifes, Fesa, Senai-ES, Fapes, Bandes, Ideies, Findes, Sesi, IEL, Sebrae-ES,Secretaria Estadual de Gestão e Recursos Humanos e da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro) estadual e nacional.

Foto 6938: o vice-presidente do Sindinfo, Luciano Raizer Moura (esquerda); o presidente da Assespro Nacional, Luís Mário Luchetta (centro); o presidente do Sindinfo, Benízio Lázaro.

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