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04/09/2007 - 10:05

Ali Bobo e os 40 ladrões


Uma fábula moderna.

Ser conivente ou incompetente? Este é o dilema “hamletiano” do reizinho da Pizzolândia, um País abençoado por Deus e bonito por natureza, diante do escândalo do roubo praticado por 40 integrantes da sua Corte, que assaltaram o tesouro do Reino.

Este reizinho começou a se questionar, já que no futuro, como ele mesmo disse, não pretende continuar no posto, pois os prazeres culinários, principalmente churrasco de Preá, são o que realmente importam, mais até do que reinar. Mas como ele será julgado pela história?

Ser ou não ser? As opções não são muitas, apenas duas. Se a opção for a conivência, ele poderá ser julgado e até acabar na masmorra, local onde a maioria dos moradores provavelmente será seus iguais, principalmente no nível cultural.

Se a opção for a incompetência, ele não será julgado, mas terá de conviver em uma sociedade, na qual o seu despreparo intelectual não lhe permitirá respeito junto aos seus semelhantes, nem tão amigos assim. Oh dúvida cruel!

Seus companheiros e colaboradores mais próximos a quem achava que comandava não lhe abandonaram ainda, mas já são réus e a sentença em breve deverá ser promulgada. Será que a fidelidade continuará nas masmorras? Será que na hora da verdade, no desespero, na última cartada, a lealdade continuará intocada? E os súditos, o que estarão pensando diante de tantas maledicências espalhadas pelos arautos, a serviço dos mais ferrenhos inimigos do seu poder?

Sentindo-se sozinho, sem nenhum amigo ao lado, pois todos já não fazem mais parte da corte, pelo menos oficialmente, o rei não sabe mais a quem recorrer, nem à própria rainha, já que a mesma ultimamente anda muito mais preocupada com a dermatologia, botox e outros recursos para ficar linda. E os seus conselheiros, por onde andam, aonde foram parar? Será que seguindo só o conselho do curandeiro mor do palácio para que ele assuma a conivência e a incompetência venha a ser o melhor caminho? Talvez, assim, o rei consiga ao mesmo tempo ficar próximo dos seus iguais e se livrar daqueles que não lhe respeitam. Oh dúvida cruel!

. Por: Sylvia Romano, advogada trabalhista, responsável pelo Sylvia Romano Consultores Associados, em São Paulo.

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