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06/12/2011 - 10:38

Escrituração digital encarece custos das empresas, revela pesquisa

Levantamento inédito com 1.181 médias e grandes companhias mostra que apesar de melhorar qualidade de informações e diminuir possibilidade de fraudes, SPED eleva gastos com mão de obra.

Ainda que reconhecidamente seja um divisor de águas na relação fisco-contribuinte, com a melhoria na qualidade das informações geradas pelas empresas e a diminuição da possibilidade de fraudes, o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) representa para as companhias custos extras com tempo e mão de obra especialmente voltados para lidar com esta nova sistemática.

A conclusão é da abrangente e inédita pesquisa “Custos e impactos da implantação do SPED para as empresas brasileiras” realizada pela FISCOSoft Editora, empresa paulista provedora de informações legais e fiscais on-line, que ouviu a opinião de executivos de 1.181 companhias de médio e grande porte de todo o País.

A grande maioria dos pesquisados, 96,3%, afirmou que necessita aplicar hoje mais recursos (horas de profissionais, sistemas, consultoria externa etc.) para cumprir suas obrigações tributárias do que dispendia antes do surgimento do SPED. Somente 3,7% dos pesquisados afirmou não ter sofrido essa mudança.

Atualmente, 24% das empresas ouvidas gastam 10% de seu faturamento par cumprir todas as obrigações acessórias, enquanto outras 19% separam 5% do faturamento para este fim.

O encarecimento relatado na pesquisa talvez possa ser compensando com o ganho na qualidade gerencial e dos controles internos, com a redução de erros – que em geral ocasionam pesadas multas. Para 79,3% das empresas, o SPED de fato trouxe esse benefício para a empresa.

Em que pese a redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias ser um dos benefícios previstos para o SPED, a cultura imediatista dos brasileiros faz com que a maioria dos executivos ouvidos – 59,7% – acredite que mesmo daqui a 3 anos não será possível cumprir as obrigações acessórias com menos recursos.

Isso significa que ainda que haja uma fase de transição, a maioria entende que o SPED continuará consumindo mais recursos do que anteriormente à sua implantação.

A elevação dos custos para atender às demandas geradas pelo SPED também será em decorrência da alocação de mão de obra para cuidar especificamente dessa obrigação acessória.

De acordo com o levantamento, apesar de 46,5% das empresas indicarem não terem registrado aumento na quantidade de pessoas alocadas para este fim, houve, sim, crescimento no volume de horas de trabalho de cada colaborador. Para 44,6% das companhias, houve necessidade de contratação de mais pessoal.

“A pesquisa nos mostra que o SPED aumentou os custos e as horas de trabalho dos departamentos envolvidos. Em parte, por conta da falta de simplificação e racionalização das obrigações acessórias”, explica a Diretora de Conteúdo da FISCOSoft , Juliana Ono, coordenadora do estudo.

Segundo ela, por outro lado, a maioria das empresas afirma que a qualidade da informação aumentou, e ainda, que a fraude involuntária diminuiu. “Mais de 70% dos pesquisados afirmaram que houve diminuição da concorrência desleal em virtude da diminuição da sonegação fiscal”, comenta.

Apesar de reclamarem da elevação dos custos para a implantação do SPED, mais de 90% é benéfico para o País, enquanto 63,3% acredita que a sistemática é positiva para as empresas.

Benefício-A maioria das 1.181 empresas pesquisadas listou uma série de benefícios decorrentes da implantação do SPED e dos documentos eletrônicos (NF-e, NFS-e, CT-e):

Melhorias gerenciais e de controles internos, redução de erros etc.

Redução de concorrência desleal (em decorrência da transparência e maior facilidade na fiscalização por parte do Fisco, evitando assim sonegação fiscal).

Melhorias no relacionamento com clientes ou fornecedores, por exemplo, com a integração e automação de processos de compras, simplificação e padronização na emissão e recebimento de documentos fiscais, B2B etc. [www.fiscosoft.com.br].

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