Longboard brasileiro domina as ondas dos Jogos Sul-americanos de Praia Manta 2011

Brasil conquista um total de cinco medalhas no surfe e lidera quadro geral de medalhas.

A praia de San Mateo, no Equador, ficou verde e amarela nesta terça-feira, dia 6. Com um show de manobras, a equipe brasileira de surfe conquistou cinco medalhas nos Jogos Sul-americanos de Praia Manta 2011. O destaque ficou por conta do longboard, ouro e prata, com Jefson Silva e Carlos Bahia, respectivamente. O Brasil também foi ouro no Tag Team, competição por equipes, realizada no dia anterior. Além disso, o time brazuca faturou outros dois bronzes. No bodyboard, com Francirley Ferreira e no surfe feminino, com Suéllen Naraísa.

O longboarder mineiro Jefson Silva, de 24 anos, impressionou os espectadores presentes ao evento com a onda mais longa da competição. A nota 9,70 fez com que todos seus adversários precisassem de uma combinação quase impossível para alcançá-lo. O brasileiro, porém, mostrou um desempenho consistente, pegando outras boas ondas para conquistar o ouro. “No começo não acreditei tanto naquela onda, mas depois ela ficou numa formação muito boa e pude colocar o pé no bico da prancha, meu ponto forte como competidor. Consegui passar a onda toda no bico, a parte fácil e a difícil, cheguei no inside e fiz uma grande manobra”, explicou Jefson, nascido em Uberlândia (MG), de onde saiu com três anos.

Atualmente vivendo em São Sebastião, no litoral paulista, o brasileiro emocionou-se por conquistar uma medalha para o Brasil em evento multiesportivo. “Estou muito feliz, amarradão por ter feito essa final com o meu amigo Carlos Bahia e ter conquistado o ouro. É uma emoção muito grande trazer essa medalha para o Brasil e ajudar o país no quadro de medalhas. Acredito muito no meu talento. Agradeço todo mundo. O resultado não é só meu, é do Brasil”, comemorou Jefson.

Na disputa pelo ouro feminino das pranchinhas, Suéllen Naraísa foi bronze e Camila Cássia quarta colocada. As duas estiveram na briga pelas primeiras posições durante toda a bateria, tendo excelentes desempenhos. Mas, pelo julgamento subjetivo dos árbitros, as melhores notas foram para a equatoriana Dominic Barona, medalha de ouro, e Ornella Pelizini, da Argentina, medalhista de prata.

“A bateria foi bem disputada. O mar está difícil, tem horas que vem onda, outras que para. Então, se o surfista não der sorte de pegar a série, a nota não vem. O surfe é isso. A intenção era levar o ouro, mas estou feliz com o bronze. É a primeira vez que participo deste evento e estou super feliz de representar a Bandeira Brasileira. Ficamos muito bem instalados, com boa comida, atendimento médico e um excelente suporte do Comitê Olímpico Brasileiro. Estão todos de parabéns”, elogiou a bicampeã brasileira

Com os resultados do surfe, o Brasil lidera o quadro geral de medalhas, com um total de oito, sendo quatro de ouro, uma de prata e três de bronze. A Argentina está em segundo com cinco no total, sendo três de ouro.

Ainda nesta terça-feira, o Brasil tem chances de medalhas na vela masculina, onde lidera nas classes Snipe e Laser Standard, e no handebol de areia, em que é favorito nas decisões masculina e feminina, ambas contra a Argentina.

Os Jogos Sul-americanos de Praia continuam no dia 07 de dezembro (quarta-feira), com o início das disputas femininas da vela, nas classes Snipe e Laser Radial, e a estreia do beach soccer, contra adversário a definir. [www.cob.org.br].