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05/09/2007 - 10:51

Compromisso com o desenvolvimento

As diferenças entre as nações desenvolvidas, as emergentes e as que se encontram em desenvolvimento revelam-se em distintos indicadores, como educação, renda per capita, índices de inclusão social e digital e acesso à tecnologia. Perceber tais diferenças contribui para estabelecer foco e buscar reduzir os hiatos. Entendida a premissa, é interessante notar a atualidade do Brasil quanto às tecnologias de automação das cadeias de suprimentos. Este avanço é facilmente percebido na interação b2b e nas relações de consumo. O código de barras reduziu filas, tempo de espera e erros no varejo, facilitou o gerenciamento de estoques e a reposição de mercadorias e propiciou economia de tempo e dinheiro. São conquistas brasileiras quase simultâneas às dos mercados mais progressistas.

O próximo salto da automação já está em curso, e o Brasil, mais uma vez, destaca-se. É o EPC (Código Eletrônico do Produto), cuja leitura é captada por radiofreqüência. Foi desenvolvido nos Estados Unidos há cerca de cinco anos, em iniciativa liderada pela GS1 – organização mundial sem fins lucrativos, que também administra a numeração global do código de barras. Aqui, os testes começaram há três anos, com estudo da tecnologia e envolvimento de empresas líderes. A responsabilidade ficou a cargo da GS1 Brasil, que criou os Grupos de Trabalho EPC.

Com o EPC, cada item tem número individual codificado em etiqueta de radiofreqüência (RFID). Os leitores eletrônicos capturam a identificação e indicam onde o item está e em quais condições, comunicando-se com bancos de dados remotos pela Internet, obedecendo, naturalmente, regras de segurança e privacidade. Com isso, a identificação é automática e há visibilidade total dos produtos na cadeia de suprimentos. O novo sistema oferece uma série de benefícios, como a leitura de itens sem a proximidade do leitor, permitindo, por exemplo, a contagem instantânea de estoque; melhoria do reabastecimento, com eliminação de itens faltantes e/ou validade vencida; identificação da localização dos itens em processos de recall; verificação imediata dos produtos nas prateleiras ou no “carrinho” do varejo.

Estudo da Wide Research mostra que a adoção do EPC dobrou nos últimos 18 meses. Os paletes (suporte para empilhadeiras) e as embalagens respondem por 10,5%. Produtos no varejo, cartões de crédito e débito, automóveis e ingressos utilizam 9,5%, 7,5%, 5,5% e 2,5%, respectivamente. Na América Latina, o Brasil é o país mais bem colocado dentre os associados à EPCglobal, com 18 empresas subscritas. Até o final do ano deverão ser 50. O exemplo do código de barras e, agora, do EPC evidencia que um dos papéis mais importantes das entidades sem fins lucrativos e dos empresários comprometidos com o futuro do País é o de promover a atualização tecnológica.

. Por: Sergio Ribinik, CEO da GS1 Brasil (Associação Brasileira de Automação)

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