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05/09/2007 - 10:54

Selic cai, mesmo em meio à crise

Em outros tempos, diante de uma crise internacional de grande proporção como a que se vive no momento, o Banco Central elevaria a taxa básica de juros na mesma hora. Havia um grande receio de uma forte fuga de dólares do país.

Hoje é diferente. Discutimos não sobre um possível aumento de juros, mas de quanto será o novo corte da taxa nessa reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). E olha que os juros brasileiros, apesar de ainda altos em relação aos padrões mundiais, são os menores já praticados no país em todos os tempos.

A queda da taxa Selic, no meu entender, será de 0,25 ponto e, mesmo que não houvesse crise alguma no momento, ficaria nesse patamar. O Banco Central está mirando apenas a inflação, que ainda apresenta alguma folga em relação aos 4,5% do centro da meta. A queda de mais de oito pontos percentuais, que vem desde meados de 2005, ainda não foi totalmente absorvida pelos agentes econômicos e, com o forte aquecimento do mercado interno, é hora de os cortes de juros serem mais modestos para o próprio bem da economia brasileira.

Precisamos alcançar um nível de crescimento sustentável próximo aos 5% nos próximos anos, o que, apesar de não ser uma taxa chinesa, é algo que nunca conseguimos. A taxa básica de juros fechará o ano, segundo estimativas do mercado, em 10,75%, com mais duas quedas consecutivas de 0,25 ponto percentual nas reuniões de outubro e de novembro do Copom.

Meu amigo, o Brasil mudou. E como mudou nesses últimos anos. Crises como essa norte-americana já não nos afeta tanto e você não sente praticamente mudança alguma no seu bolso. Caminhamos assim para um nível de desenvolvimento que dará mais dignidade para cada vez mais brasileiros, que viveram tanto tempo abaixo da linha da pobreza.

E isso não é resultado somente dos programas assistencialistas do Governo Federal não. É resultado principalmente de uma política econômica muito bem conduzida pelo Ministério da Fazenda e pelo Banco Central Brasileiro, que souberam ser duros o bastante para construir a base sólida em que estamos hoje.

. Por: José Arthur Assunção, vice-presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento, presidente do Sindicato das Financeiras dos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo (Secif RJ / ES) e diretor da ASB Financeira.

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