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06/09/2007 - 08:32

Simpósio discute diálise domiciliar para doentes renais crônicos

Terapia é alternativa para o aumento de pacientes que necessitam deste tipo de tratamento.

São Paulo– O Brasil vive uma epidemia de doença renal crônica, causada pelo aumento dos casos de diabetes e hipertensão. As 600 clínicas renais existentes no país já não dão conta de atender o número crescente de pacientes que precisam de diálise e o tratamento domiciliar é a principal saída para evitar a saturação do sistema de saúde.

Esse cenário será apresentado pelo nefrologista Hugo Abensur – coordenador do Programa de Diálise Peritoneal do Hospital das Clínicas de São Paulo e professor de nefrologia da Faculdade de Medicina da USP – durante o Simpósio Satélite Baxter, que será realizado no XI Encontro Paulista de Nefrologia, em Campos de Jordão.

Segundo o médico, se o aumento de pacientes continuar no ritmo atual – 5% a 7% ao ano – o sistema de saúde terá dificuldades em atender à demanda. Estima-se que pelo menos dois milhões de brasileiros (1 em cada 9 pessoas) apresentem algum grau de disfunção renal, mas 70% não sabem que têm a doença. Atualmente, cerca de 70 mil pacientes são dependentes de diálise e calcula-se que esse contingente ultrapassará 125 mil casos nos próximos três anos.

No simpósio, que contará também com nefrologistas do México e da Colômbia, os especialistas discutirão o papel que a diálise domiciliar (peritoneal) pode desempenhar diante do aumento da demanda no Brasil e avaliarão a experiência daqueles dois países com esse tipo de tratamento. “No México, 86% dos pacientes renais se tratam em casa. Na Colômbia, 45%. São países com condição sócio-econômica semelhante à do Brasil e que apresentam bons resultados com a terapia. Podemos aprender muito com eles”, afirma Abensur.

O nefrologista destaca que, no Brasil, a diálise domiciliar nem sequer é oferecida aos pacientes, embora seja tão eficaz quanto a hemodiálise e proporcione maior independência e melhor qualidade de vida. “É uma opção especialmente indicada para crianças e pessoas com dificuldades de locomoção ou que vivam distante das clínicas de diálise”, explica.

Temas do Simpósio: . Maior sobrevida e menor incidência de peritonite em um centro mexicano” – Dr. Alfonso Ramos, chefe da Unidade Renal do Hospital General de Zona 2 (Hermosillo, México).

. Perfil do paciente brasileiro em diálise peritoneal – Dra. Natália Fernandes, da Universidade Federal de Juiz de Fora.

. Resultado do estudo de diálise na Colômbia: uma comparação de sobrevida de pacientes em diálise peritoneal e em hemodiálise – Dr. Jesus Muñoz, professor de medicina e diretor do Programa de Nefrologia da Universidade do Rosário e diretor clínico da unidade renal da Fundação Cárdio Infantil (Bogotá, Colômbia).

Premiação – Durante a cerimônia de abertura do XI Encontro, a Sociedade de Nefrologia do Estado de São Paulo (Sonesp) fará a entrega do Prêmio Magaldi, conferido a cada dois anos como incentivo à investigação nefrológica. O prêmio, que homenageia o primeiro presidente da entidade, José de Barros Magaldi, é patrocinado pela Baxter Hospitalar e destinará US$ 2.500,00 ao médico vencedor.

Simpósio Satélite Baxter : “Diálise Peritoneal na América Latina: Uma Terapia Adequada e Atual”, dia 13 de setembro (quinta-feira), das 12h às 13h30, no Arts & Convention Center, Av. Macedo Soares, 499 – Capivari – Campos do Jordão – SP.

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