Distúrbios da linguagem: cresce a busca de otorrinos pela especialização

Cerca de 30% a 40% dos brasileiros têm distúrbios de linguagem que podem ser resolvidos com diagnóstico e intervenção corretos. Desses, apenas 3% são considerados casos graves.

O diagnóstico do distúrbio de linguagem exige uma preparação especial do profissional. Muitas vezes várias áreas médicas são envolvidas até se chegar a uma conclusão. Não é tão simples como parece. A especialidade exige formação complexa, baseada em conhecimentos profundos não só de otorrinolaringologia, como de neurologia, psiquiatria e fonoaudiologia.

No Brasil, não há muitos profissionais especializados. A boa notícia é que a partir do próximo ano, passarão a ser emitidos títulos de especialista em foniatria.

“Os otorrinolaringologistas interessados poderão se especializar após uma prova específica na área”, explica a Dra. Sandra Cubas, coordenadora do 3º Curso de Foniatria da ABORL-CCF, realizado no último dia 3 de novembro, e que contou com a participação de 47 otorrinolaringologistas.

“A sociedade mudou rapidamente e, graças aos avanços da medicina, os bebês prematuros agora sobrevivem e podem vir a apresentar distúrbios de linguagem. Hoje, os pais são alertados também pelas pedagogas das escolas a buscar ajuda especializada que deve ser precedida pelo diagnóstico médico e posterior tratamento de fonoaudiologia”, enfatiza.

ABORL-CCF: a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial é uma sociedade civil de caráter científico, sem fins lucrativos. Representa a classe profissional dos médicos otorrinolaringologistas e seu objetivo é promover o desenvolvimento da especialidade e o intercâmbio científico, técnico, cultural e social entre os seus profissionais. Foi fundada em 21 de novembro de 1978, como Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia - SBORL -, hoje ABORL-CCF. É vinculada à Associação Médica Brasileira.