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06/09/2007 - 09:11

Banco Central diminui ritmo de corte da Selic, em decisão unânime

Brasília/São Paulo - O Banco Central confirmou as expectativas do mercado e diminuiu o ritmo de corte do juro básico no dia 5 de setembro,ao completar dois anos do ciclo de afrouxamento monetário.

A taxa Selic foi reduzida em 0,25 ponto percentual, para 11,25 por cento ao ano, na primeira decisão unânime da diretoria do BC desde março.

O Comitê de Política Monetária (Copom), em breve comunicado, afirmou que vai acompanhar "atentamente" a evolução do cenário macroeconômico até a próxima reunião para definir os passos seguintes.

Além disso, o Copom considerou que o "balanço de riscos para a trajetória prospectiva da inflação" ainda justificava um estímulo monetário adicional.

"O Copom fez o esperado diante da aceleração da atividade, da elevação da inflação e de um contexto internacional mais incerto. Os próximos passos terão que ser avaliados com cuidado", afirmou Alexandre Mathias, economista-chefe do Unibanco Asset.

Pesquisa da Reuters na semana passada indicou que os economistas já esperavam um corte menor da Selic, diante do repique da inflação e das turbulências nos mercados globais.

Impulsionado pelos alimentos, o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) mais do que triplicou em agosto.

Com base nos últimos dados, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) elevou sua previsão para os IGPs do ano para a faixa de 4,0 a 4,5 por cento e alertou sobre a possibilidade de um choque de demanda.

Parada técnica? O economista-chefe da López Léon Markets, Flávio Serrano, considerou a decisão unânime como uma indicação de que há espaço para mais reduções do juro.

"Se viesse hoje um corte com o Copom dividido entre 0,25 (ponto) e estabilidade, o mercado começaria a consolidar a previsão de estabilidade em outubro", disse.

Já para Octavio de Barros, diretor de Pesquisa Macroeconômica do Bradesco, este pode ter sido o último corte do ano.

"Se o BC considera necessário interromper os cortes para avaliar o cenário, a melhor oportunidade é agora", afirmou o economista, ponderando que não descarta mais uma redução.

"Trabalho com a perspectiva de parada técnica até abril do ano que vem, mas tudo dependerá do choque de alimentos nos índices de inflação e também de como o mercado reagirá caso o Federal Reserve corte os juros nos Estados Unidos."

Os mercados internacionais esperam que o Fed reduza o juro norte-americano para animar a economia, em meio à crise no setor de crédito imobiliário de alto risco.

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) disse esperar que o BC retome os cortes mais pronunciados do juro. Para a entidade, a decisão desta quarta-feira "confirma a postura conservadora do Banco Central".

A próxima reunião do Copom está agendada para 16 e 17 de outubro.| Por: Isabel Versiane/ reportagem adicional de Vanessa Stelzer e Angela Bittencourt/Reuters.

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