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06/09/2007 - 09:25

Exército chinês comemora 80 anos de existência

O Exército de Libertação Popular da China comemorou 80 anos de atividade, iniciados em 1º de agosto de 1927, quando da insurreição comunista em Nanchang contra as forças do Partido Nacionalista (Kuomintang). As comemorações foram marcadas pela tradicional reafirmação da lealdade do Exército ao Partido Comunista. Ainda que tais reafirmações revelem a centralidade das relações civil-militares no país, elas escondem processo em curso desde meados da década de 80: a relação mais estreita entre Estado (e não o Partido) e Forças Armadas.

A vitória do comunismo sobre o Kuomintang durante a guerra civil chinesa, a atuação durante a turbulenta Revolução Cultural, a repressão dos movimentos democráticos de 1989 e, nos últimos anos, a garantia da ordem, da unidade nacional e, acima de tudo, do regime comunista, foram atribuições fundamentais do Exército Vermelho.

O elo entre Exército e Partido era inquestionável. A partir dos anos 80, no entanto, especialmente desde a promulgação da Constituição de 1982 e, de forma mais acentuada dos acontecimentos de Tiananmen, esta tendência seria de transferência da lealdade das Forças Armadas ao Estado e à sociedade, o que alguns se referem como guojiahua (nacionalização ou estatização) do Exército.

Em primeiro momento, foi estabelecida a dependência orçamentária do exército em relação ao Congresso Nacional do Povo, orgão que, de acordo com o artigo 62 da Constituição, possui poder de aprovar o orçamento para Defesa. Esta dependência foi extenuada em 1998 em virtude do desinvestimento dos empreendimentos comerciais do exército. Neste sentido, a abertura da indústria de defesa para investimentos privados, anunciada em agosto deste ano, tem potencial para se tornar um marco no relacionamento entre exército e sociedade civil. Por outro lado, os esforços recentes do Partido Comunista e as promessas de modernização e aumentos futuros no orçamento militar podem ser compreendidos, em parte, como barganha pela aquiescência do Exército, parte da estratégia de consolidação do poder de Hu Jintao.| Por: CEBC

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