China investe em programa de desenvolvimento de energia atômica

O governo chinês assinou em julho contrato de US$ 8 bilhões com a Westinghouse Electric para a construção de quatro reatores nucleares no leste do país. A construção do primeiro reator deve começar em 2009, com conclusão prevista para 2013, ao passo que outros três deverão estar prontos até 2015. A tecnologia, a mesma usada em cerca de metade das usinas nucleares em operação no mundo, seria a mais segura e avançada, segundo a Westinghouse.

A empresa, baseada nos Estados Unidos, mas cujo controle majoritário pertence à japonesa Toshiba, divulgou que o contrato geraria 5 mil novos empregos nos EUA. Em um momento em que congressistas e empresários norte-americanos apontam a subvalorização do yuan como uma das causas da perda de empregos nos Estados Unidos, esse pode ser um dado politicamente relevante. Além deste contrato, Pequim já fez pré-acordos avaliados em US$ 5 bilhões com a estatal francesa Areva para a construção de mais dois outros reatores, no sul do país. Há ainda possibilidade de negociações com a Rússia para construção de usina pela Atom-StroyExport.

A energia nuclear é a terceira mais importante fonte de eletricidade na China, após a térmica e hídrica. Os chineses estimam que necessitarão dobrar sua capacidade de produção energética a cada dez anos para acompanhar o aumento da demanda.

O programa nuclear pretende construir 30 novos reatores nos próximos 15 anos, a princípio com ajuda estrangeira. Contudo, o governo chinês almeja também desenvolver tecnologia própria a fim de reduzir a dependência do país em relação ao carvão e ao petróleo, e possivelmente tornar-se exportador.| Por: CEBC