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20/12/2011 - 09:16

Commodities não apresentam bons desempenhos, aponta Archer Consulting

Mercado de açúcar e etanol sofre com crise e falta de investimentos.

Dezembro tem sido, até agora, um péssimo mês para as commodities: o algodão caiu quase 16%, o milho derrete 10%, o café 8%, o açúcar 7% e a soja 6%. No acumulado do ano, o açúcar teve perdas de 28,6%.

“Em relação ao açúcar temos que ficar muito mais atentos ao desenrolar das questões macroeconômicas mundiais que afetam as commodities e potencializam a reação de preços do que propriamente aos fundamentos”, acredita Arnaldo Corrêa, gestor de riscos e diretor da Archer Consulting – empresa especializada em gestão de riscos para o agronegócio.

De acordo com ele, o crédito poderá se tonar um pouco mais escasso. “Uma importante instituição financeira francesa, com forte foco no agronegócio, informou que decidiu parar a comercialização e o financiamento de commodities, para uma reavaliação dos riscos impostos pela crise europeia. Assim como outra instituição anunciara, recentemente, sua saída do mercado de commodities. A falta de participantes dessa magnitude no mercado pode deixar o crédito escasso e torná-lo ainda mais seletivo”, pondera Arnaldo.

A UNICA fez uma recapitulação do que ocorreu com o setor nos últimos anos. Uma desaceleração da produção de cana desde 2008/2009, em função da crise financeira mundial, dos problemas climáticos enfrentados nas últimas três safras e da perda de competitividade do etanol em relação à gasolina.

“O que impressiona nos números apresentados pela instituição é que nos últimos seis anos em menos de 20% do período analisado o preço do etanol para o consumidor esteve acima da paridade de 70% do preço da gasolina C, apesar da falta de regras claras por parte do governo para a formação de preço da gasolina”, explica.

Para Arnaldo, o mais impressionante dos dados apresentados é que o preço do etanol para o produtor nesse mesmo período, em mais de 2/3 das ocasiões esteve abaixo do custo de produção. “Ou seja, o produtor de cana é quem subsidia a gasolina e paga a conta da incapacidade do governo de fazer uma política de energia limpa que remunere o produtor adequadamente, não via subsídio, mas dando transparência ao mercado, deixando que a lei da oferta e procura prevaleça. No entanto, a gasolina está com o preço congelado desde setembro de 2005”, afirma o gestor.

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