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21/12/2011 - 10:07

Monilíase: nova doença do cacau, ainda não registrada no Brasil, mobiliza produtores e pesquisadores rumo à prevenção

Fronteira do Peru com o Brasil pode ser porta de entrada da doença.

Uma doença que pode causar perdas de até 100% da produção de cacau, ainda não relatada no Brasil, pode chegar às nossas plantações. Colômbia, Venezuela e Peru já convivem com a Monilíase, como é conhecida, e por fazerem fronteira com o território brasileiro, representam riscos à cacauicultura. Vem do Peru a maior ameaça, uma vez que a doença, que acomete somente os frutos, já é identificada a aproximadamente 150 km da fronteira que o país faz com o estado do Acre, norte do Brasil.

Para tornar a doença, causada pelo fungo moniliophthora roreri, e suas consequências mais conhecidas de produtores e pesquisadores com o objetivo de evitar sua introdução, acontecerá em março de 2012, em Brasília, o I Workshop sobre Monilíase. Antecipando as discussões para o próximo ano, a Câmara Setorial do Cacau organizou, em parceria com a Ceplac (Comissão Executiva do Plano de Lavoura Cacaueira), que contou com o apoio do Departamento de Sanidade Vegetal – DVS, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MAPA, e da Superintendência para o Desenvolvimento da Região Cacaueira no Estado de Rondônia (por meio de seu Centro de Extensão Rural – Cenex-RO) duas palestras motivacionais sobre o tema: “Severidade da Monilíase do Cacaueiro” e “Ações de Prevenção à Monilíase do Cacaueiro no Estado da Bahia” em Rondônia um dos estados com maior probabilidade de entrada do fungo.

O presidente da Câmara Setorial do Cacau Durval Libânio, ressalta a importância da divulgação da doença, bem como de suas características e medidas preventivas “para que pesquisadores e produtores já possam se munir de informações para evitar a chegada e a proliferação da Monilíase em plantações no território brasileiro”, afirma. Ele lembra ainda que a doença vassoura de bruxa, quando introduzida na Bahia, causou prejuízos enormes a toda a cadeia produtiva do cacau no Brasil e ao bioma Mata Atlântica em particular. “ Não podemos num momento como este, permitir que outra doença tão devastadora atinja novamente o setor”, alerta Libânio.

Como a porta de entrada mais provável é o Norte do Brasil, é fundamental que os Estados que compõem a região, com atenção ao Amazonas e à Rondônia, se informem sobre a doença e sobre como evitá-la e reconhecê-la.

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