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07/09/2007 - 08:24

Professor tira jovens da marginalidade através da música


Profissionalizar jovens de baixa renda por meio da música. É assim que o projeto, idealizado pelo professor Tonicesa Badu, de inclusão sócio-cultural, chamado Tocando em Frente, beneficia, há três anos, adolescentes entre 15 e 23 anos, moradores do Gama e do Entorno, no Distrito Federal. Entre os jovens, uma mesma particularidade: a aptidão para a música. O projeto já descobriu muitos talentos, cerca de 35 alunos que hoje são músicos e professores. A iniciativa, além de promover a profissionalização, também ajuda na auto-estima dos participantes.

Histórias de Superação e Sucesso - Casos de alguns alunos que obtiveram sucesso profissional ao participarem do projeto Tocando em Frente. Francisco Amâncio:Ex-morador do Gama, saiu diretamente do Projeto Tocando em Frente, onde estudou bateria, para ser professor de Ritmos Brasileiros em Mar Del Plata, Argentina, onde também toca em vários grupos de diversas nacionalidades.

Gisele Dias: Um exemplo do bom resultado deste projeto é a ex-aluna, profissionalizada, Gisele Dias, que participou do programa Ídolos do SBT, e foi escolhida entre 13.000 concorrentes de todo o Brasil, ficando entre os 30 melhores, no final do reality show.

Givael Lima - O cantor e compositor, de Santa Maria, recentemente teve canção de sua autoria gravada em Inglês por renomados músicos de Brasília, gravação esta voltada para o mercado norte americano.

Alexandre Silva e Elberth Lemos: Ambos, estudaram baixo e teclado no Projeto Tocando em Frente, ambos moravam em Santa Maria, cidade satélite próxima ao Gama. Após se formarem, iniciaram uma parceria com a área cultural da Administração Regional de Santa Maria e hoje são professores de música e atendem a mais 40 alunos, com idades variadas, num espaço cedido pela Administração que também, faz a divulgação da iniciativa.

Bruno César - Percussionista, cavaquinista e compositor de samba, hoje além de tocar em vários grupos de pagode no Gama, cidade onde nasceu e mora, é um dos percussionistas do projeto "Sambadubah" voltado para o samba , do cantor e compositor Tonicesa Badu que é o autor e diretor do Projeto Tocando em Frente.

Anderson Santos: O tecladista, de Santa Maria, saiu do Projeto Tocando Em Frente diretamente para dar aulas do seu isntrumento na Academia BSB Musical, de grande renome na cidade.

Perfil do Projeto Tocando em Frente, do professor Tonicesa Badu - O projeto Tocando em Frente nasceu da vontade do professor de música Tonicesa Badu em contribuir como cidadão para o crescimento do país. Seu objetivo era dar um "empurrãozinho" a jovens de baixa renda, que através do projeto, teriam a oportunidade de se qualificar, conquistando assim um trabalho que lhes gerassem renda.

De acordo com Badu, o curso pretende formar músicos práticos, ou seja, os alunos são treinados para colocarem em exercício o que aprenderam nas aulas. "Os processos pedagógicos das escolas são muito defasados. O Brasil tem que formar profissionais em um ano, um ano e meio, para que possam sair e trabalhar", afirma.

A iniciativa da criação de projetos para inclusão social, e cultural, aos jovens brasileiros, muitas vezes está associada a preocupação das entidades com a criminalidade e a retirada de jovens desta realidade. Neste cenário, destacam-se os trabalhos desenvolvidos pelo AfroReggae (RJ), Olodum (BA) e o Tocando em Frente (DF). O valor destes projetos mostram resultados, não só para os jovens contemplados, mas para toda a comunidade.

Os números comprovam a dimensão deste projeto. Em três anos de criação, o Tocando em Frente formou 35 alunos em música, além de ter beneficiado indiretamente mais de três mil pessoas. Entre elas, os familiares que são unânimes em relatar o impacto positivo do projeto na vida destes jovens. A estimativa é de que o Tocando em Frente tenha alcançado grande êxito em seu objetivo, que é profissionalizar os jovens, já que 70% dos integrantes trabalham com a música.

Badu explica que o projeto sobrepõe a qualidade do que a quantidade, ele trabalha com menos jovens, mas para que eles tenham uma boa qualificação. "O maior marketing que a pessoa pode ter é a qualidade no que ela faz", conta.

Para conseguir uma vaga neste projeto, o (a) candidato (a) passa por uma seleção, em que são analisados alguns requisitos básicos, como: afinação vocal, senso rítmico nos instrumentos de percussão e saber alguns acordes no violão, guitarra ou teclado.

Após ingressar ao projeto, o (a) jovem selecionado (a) se submeterá a uma rígida rotina de aulas, ensaios, aulas práticas de contrabaixo elétrico, teclado, percussão, violão, guitarra, canto e bateria onde aprenderá os principais gêneros e ritmos brasileiros como, samba, choro, xote, baião, coco, maracatu e frevo. O rock, o reaggae, o blues, o hip hop, o funk. E também, ritmos da região centro oeste como a foli, a catira, o samba caipira, o pagode caipira, a moda de viola , a curraleira etc.

Apenas com dois meses de estudo, os alunos começam a fazer pequenas apresentações em colégios ou eventos na comunidade. O (a) candidato (a) deve mostrar durante todo o curso constância, pontualidade, execução das tarefas e crescimento dentro dos conteúdos pedagógicos ministrados para que possa permanecer e garantir a sua vaga.

No término de dez meses, o (a) jovem se formará como músico profissional e fará parte de uma banda pronta para atuar em bailes, shows, bares, e estúdios. A primeira banda formada pelo projeto foi a Preta e o Bando, cuja vocalista era a cantora Gisele Dias, uma das finalistas do programa Idolos do SBT. A segunda, Olhos do Cerrado, formou jovens que já trabalham como professores particulares e tocam em diversos eventos.

Vale a pena destacar que a equipe de professores é formada por ex-alunos do projeto, já formados, com a supervisão e orientação do idealizador, cantor, compositor e professor Tonicesa Badu. O projeto Tocando em Frente também recebe apoio da Brasil Telecom, da Escola de Música de Brasília, da Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal e da Administração Regional do Gama.

Desde do começo do ano, Letícia, Raymir, André, Thiago, Aline, Maxuel, Kleber e Léo se encontram das segundas às sextas-feiras. Essa turma forma a banda Miscigenação, a 3ª de talentos descoberta pelo projeto Tocando em Frente. Com a oportunidade de trabalho com a música, cada um deles já tem projetos paralelos. Alguns tocam em outras bandas, dão aulas particulares e tem até CD gravado (Foto).

Projeto Tocando em Frente: de 26 de outubro a 24 de novembro de 2006, de 8h às 18h, na Mansão Cancun, localizada na DF 290, km 24 chácaras 01 e 02, Setor Sul Gama (Pista para Santa Maria). Grátis | Informações: (61) 3556-1924. Patrocínio: Brasil Telecom, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

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